Aos 93 anos, Dona Odette é um exemplo na academia malhando entre a moçada
Aos 93 anos, toda disposta, Odette dos Santos Alves chega sorrindo à academia onde malha pelo menos duas vezes na semana. Ela pratica exercício no mesmo lugar desde 2010, para manter a saúde e o privilégio de estar entre os amigos. O plus é curtir o melhor da idade ao lado da filha, de 65 anos.
"É maravilhoso, eu me sinto muito bem, enxergo bem", resume Odette. Quem faz companhia na hora do exercício é a advogada Gilcleide Maria dos Santos Alves, que herdou a rotina de uma vida saudável da mãe. "É muito bom, acho que aprendi tudo com ela. Sempre gostei de exercício, pratico tênis e venho para academia curtir esse momento com ela", descreve a filha.
Odette não tem problemas sérios de saúde, apenas caminha devagar e vem dando sinais de esquecimento por conta da idade. Mas nada disso desanima. "Ela vai para academia e toda quarta-feira faz questão de ir à novena. Aos sábados, tem salão de beleza marcado e depois vai passear no shopping. Ela não fica parada em nenhum minuto", conta a filha.
A maior felicidade é as duas chegarem a essa idade em tão boa companhia. "A gente vê pouco pais e filhos compartilhando desse momento, mas pra mim é gratificante. Ela até brinca quando alguém pergunta se ela mora com as filhas e diz: Elas é que moram comigo até hoje", diz Gilcleide.
Na academia, além de manter o condicionamento físico, Odette até se preocupa com o exercício dos alunos mais jovens. "Eu brinco que ela dedura toda mundo. Se o personal pede para fazer uma série de 20 e alguém faz menos, na hora ela conta. Ela cuida todo mundo", revela a filha.
Odette foi campeã de handeboll na juventude e amava pular corda. Passou a vida como dona de casa, sempre cuidando dos filhos e se dedicando à costura para os pequenos. "Tínhamos os vestidos mais cobiçados da cidade. Era uma costureira de mão cheia, mas só fazia para a família".
Mãe de 6 filhos, com 3 netos e 1 bisneto, ela não sabe revelar o segredo para chegar com tanta saúde aos 93 anos, mas garante que é preciso agir. "Tem que fazer as coisas e cuidar da saúde. Eu sou muito grata a Deus por chegar até aqui desse jeito".
Em clima de Olímpiada, a disposição é tanta, que em 2016 Odette chegou a ganhar medalha da academia pela persistência. "Muita gente diz que o exercício dela é terapêutico, mas se a gente colocar na balança, ela está conosco há 7 anos. Ou seja, um período que ela evolui e foi capaz de estabilizar todo seu condicionamento físico, trazendo qualidade de vida. Isso é o que importa", avalia o professor de educação física Paulo César Sanguina Pinto.
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