Quem nega um queijo? Festival mostra que produto reina ano todo
Evento ocorreu no Parque Laucídio Coelho até este sábado e organização já promete novas edições

Ninguém nega um queijo. Aliás, quem nega? A gente quase não conhece e, se conhece, torce para que mude de ideia em breve, porque queijo é daquelas coisas que parecem combinar com tudo: do café preto ao churrasco no domingo. E foi essa a estrela do 1º Festival do Leite, Queijos e Economia Criativa, realizado nos dias 27 e 28 de junho no Parque de Exposições Laucídio Coelho. Entrada gratuita, clima de festa, tradição, gastronomia e música.
Ontem, estivemos lá conversando com quem faz do queijo não só um alimento, mas um ofício de vida. Os produtores compartilharam como foi participar do evento e a ideia do parque, segundo a organização, é seguir com mais festivais para ocupar o espaço e exaltar a força da agropecuária no Estado, seja na pecuária, nos grãos ou no leite.

“Esfriou, o queijo é tradição, e o consumo aumenta, viu? E geralmente no frio a produção até diminui, mas o consumo dispara”, explicou Welbert Alves Borges, que há anos trabalha no mercado, mas ainda assim se surpreende: “Muita gente não conhecia nossos produtos”. Entre as delícias que trouxe, destacou o queijo Nicola, típico de Mato Grosso do Sul, mas que hoje já faz sucesso em pizzarias de São Paulo, e uma bola de provolone defumada para churrasco, exótica, mas que sai muito bem.
No ponto da feira em que estavam Thaís Helena Vieira e Vanilde Gomes, mãe e filha, o queijo é assunto de família. Começaram com uma leiteria e logo se aventuraram na produção de frescal, que já ganhou as padarias de Campo Grande. “Nossa receita tem mais de uma década. É um queijo cremoso, suave, temos um público fiel”, contou Thaís. Para elas, a primeira feira superou as expectativas: “Vendemos bem, tivemos bons resultados e acreditamos que as próximas edições serão ainda melhores”.

Entre queijos e doces, Helena Aparecida e Moacir Ramos trouxeram de Anhanduí verdadeiras obras de arte em potes de vidro. “Dá trabalho fazer, é muita mão de obra, mas vale a pena. Tem várias misturas: mamão, goiaba…”, descreveu Helena, com o olhar de quem enxerga poesia na panela.
Para Alessandro Coelho, vice-presidente da Acrissul, o público foi a grande surpresa. “Já na sexta-feira, começamos no fim do dia e, ao final da noite, produtores precisaram repor produtos. Foi muito bom. É um público novo. Nossa intenção é fomentar o leite, uma cadeia que vem encolhendo por falta de conhecimento, e temos muitas entidades envolvidas. Queremos fazer mais edições e mostrar a força do leite em Mato Grosso do Sul.”
O evento foi uma realização da Acrissul, Câmara Setorial do Leite, Prefeitura Municipal e Núcleo Girolando MS, com apoio de diversas instituições. E se depender de quem passou pelo parque, a fila para o próximo queijo já começou a se formar.

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