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Lado Rural

Medidas para o controle do bicudo-do-algodoeiro reforçam produção de algodão

Resolução da Iagro estabelece prazos e práticas para erradicação de pragas e aumento da sustentabilidade

Por Kamila Alcântara | 12/11/2025 14:18
Medidas para o controle do bicudo-do-algodoeiro reforçam produção de algodão
Algodão em seu estágio de maturação no campo (Foto: Embrapa)

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), publicou novas regras para o controle do bicudo-do-algodoeiro, praga considerada a mais destrutiva da cotonicultura brasileira. As medidas visam preservar a sanidade vegetal, garantir produtividade e reforçar a sustentabilidade do cultivo no Estado.

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O Governo de Mato Grosso do Sul estabeleceu novas regras para o controle do bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cotonicultura brasileira. Entre as medidas, destaca-se o Vazio Sanitário Vegetal, período em que o plantio é proibido e rebrotas devem ser eliminadas, com calendários específicos para três regiões do estado.A normativa também define prazos para plantio, exige registro eletrônico das áreas cultivadas e incentiva o Manejo Integrado de Pragas. O descumprimento das regras pode resultar em perda de benefícios fiscais. As medidas visam garantir a produtividade e sustentabilidade do cultivo no estado.

O principal ponto é o chamado Vazio Sanitário Vegetal, período em que o plantio de algodão é proibido e todas as rebrotas devem ser eliminadas. A estratégia impede que o inseto encontre abrigo e se multiplique entre uma safra e outra. O calendário varia conforme a região: de 15 de setembro a 30 de novembro na Região I; de 30 de agosto a 15 de novembro na Região II; e de 15 de julho a 30 de setembro na Região III.

O plantio também passa a ter prazos fixos: até 31 de janeiro para as Regiões I e II e até 31 de dezembro na Região III. Após o fim do período de semeadura, os produtores terão 30 dias para registrar eletronicamente as áreas cultivadas com algodão. O uso do Manejo Integrado de Pragas e de práticas que reduzam a resistência do bicudo também é incentivado.

As normas determinam ainda que áreas públicas e de transporte, como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, sejam mantidas livres de plantas hospedeiras. Após a inspeção nas propriedades, a Iagro emitirá o Certificado de Destruição de Soqueira, comprovando o cumprimento do vazio sanitário.

O transporte do algodão deve ocorrer com as cargas bem acondicionadas e os veículos higienizados após cada viagem. O descumprimento das regras pode resultar em perda de benefícios fiscais e outras penalidades previstas na legislação federal.

Exceções só serão aceitas em pesquisas científicas, mediante autorização e acompanhamento técnico. A nova resolução revoga norma conjunta da Semagro e Iagro publicada em 2021 e já está em vigor. Segundo a agência, as ações reforçam o compromisso do Governo do Estado com a competitividade da cadeia produtiva do algodão e a proteção fitossanitária das lavouras sul-mato-grossenses.

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