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Lado Rural

Pesquisadores criam sistema para monitoramento remoto da temperatura de bovinos

Tecnologia pode ajudar na detecção de doenças, como a febre aftosa

Por Kamila Alcântara | 17/03/2025 13:48
Pesquisadores criam sistema para monitoramento remoto da temperatura de bovinos
Animal está com o aparelho em uma das orelhas (Foto: Divulgação)

Pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e da Embrapa Gado de Corte desenvolveram o primeiro sistema de monitoramento remoto da temperatura de bovinos. A tecnologia, já patenteada, pode contribuir para a detecção precoce de doenças, como a febre aftosa.

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Pesquisadores da UFMS e Embrapa Gado de Corte desenvolveram um sistema inovador para monitorar remotamente a temperatura de bovinos, ajudando na detecção precoce de doenças como a febre aftosa. A tecnologia, patenteada, utiliza um sensor fixado na orelha dos animais, conectado a uma base transceptora que cobre até 25 km. Isso permite identificar infecções rapidamente, prevenindo epidemias e prejuízos financeiros. O sistema também melhora a rastreabilidade da carne e o manejo dos rebanhos, garantindo o bem-estar animal e retorno financeiro às instituições de pesquisa.

Segundo o professor Fábio Iaione, da Facom (Faculdade de Computação), caso o sistema gere retorno financeiro, os recursos serão destinados às instituições responsáveis pela pesquisa.

"O depósito da patente garante que os resultados financeiros futuros retornem para as instituições que investiram anos no desenvolvimento do projeto. Sem essa proteção, o produto poderia ser explorado comercialmente por quem não participou da pesquisa, o que seria injusto", explica.

Para o engenheiro de computação Arthur Lemos Nogueira Filho, a tecnologia permite a prevenção de doenças que podem causar prejuízos aos produtores.

"O sistema possibilita a detecção remota da elevação da temperatura corporal dos bovinos, um indicativo de infecções como a febre aftosa, que pode gerar grandes perdas financeiras. Com essa inovação, será possível agir antecipadamente para conter a doença e evitar epidemias", afirma.

O equipamento é composto por uma unidade principal, com sensor de temperatura, e uma base transceptora instalada a até 25 quilômetros do local onde está o rebanho, cobrindo toda a área de circulação dos animais.

O sensor é fixado no canal auditivo dos bovinos por meio de um brinco, garantindo boa fixação sem causar desconforto. Além de preservar o bem-estar dos animais, a tecnologia contribui para ampliar a rastreabilidade da carne e reduzir perdas no manejo.

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