Plantio da soja avança em MS e cobre 16,6% da área cultivável
Projeção de entidade é de crescimento no cultivo e na produção
O plantio da soja 2025/2026 avançou em Mato Grosso do Sul e cobriu 16,6% da área cultivável até o dia 10 de outubro, segundo a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) e pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária). O levantamento indica que a estiagem de setembro retardou o início das atividades, mas as projeções apontam crescimento na área plantada e na produção estadual.
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O plantio da soja 2025/2026 em Mato Grosso do Sul já cobre 16,6% da área cultivável, totalizando 796 mil hectares, conforme dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio. A região Sul lidera o plantio com 23,8% da área semeada, seguida pelo Centro com 6,7% e Norte com 2,4%. A Aprosoja projeta uma área total de plantio de 4,79 milhões de hectares, representando aumento de 5,9% em relação ao ciclo anterior. A produção estimada é de 15,2 milhões de toneladas, com produtividade média prevista de 52,8 sacas por hectare, apesar do atraso inicial causado pela estiagem e influência do fenômeno La Niña.
O atraso ocorreu devido à falta de chuvas e à influência do fenômeno climático La Niña, de intensidade fraca a moderada.
A região Sul é a mais adiantada, com 23,8% da área já semeada, seguida pelo Centro, com 6,7%, e pelo Norte, com 2,4%. Até agora, cerca de 796 mil hectares foram plantados em todo o Estado. A Aprosoja estima que o plantio total alcance 4,79 milhões de hectares, alta de 5,9% em relação ao ciclo anterior. Se as condições climáticas se mantiverem favoráveis, a produção pode chegar a 15,2 milhões de toneladas, com produtividade média prevista de 52,8 sacas por hectare.
O relatório aponta que setembro teve baixos volumes de chuva em 62 das 64 estações meteorológicas monitoradas, com até 30 dias seguidos de precipitação inferior a 1 milímetro. As regiões Norte, Leste e Bolsão enfrentaram déficit hídrico, enquanto o Pantanal registrou excedente de chuvas. Técnicos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) alertam que o fenômeno La Niña deve manter a irregularidade das precipitações no trimestre de outubro a dezembro.
Para reduzir riscos, os produtores adotam o escalonamento da semeadura, concentrando o plantio entre 17 de outubro e 14 de novembro, quando as chuvas costumam se estabilizar. A Aprosoja reforça que as condições do solo e o manejo correto são essenciais para evitar perdas. Nos últimos cinco anos, 83% das áreas de soja foram plantadas nesse intervalo, o que confirma a importância da estratégia diante das variações do clima.
O boletim também detalha o resultado da safra de milho 2024/2025, encerrada em setembro, que somou 14,22 milhões de toneladas. O volume representa aumento de 68,2% em relação ao ciclo anterior, com produtividade média de 112,7 sacas por hectare. Apesar da boa colheita, cerca de 35 mil hectares nas regiões Central e Sul foram atingidos por geadas em junho, com perdas estimadas entre 10% e 30%.
No mercado, a saca de soja foi cotada a R$ 124,81 em 13 de outubro, queda de 0,35% na semana e de 9,45% no comparativo anual. O milho foi negociado a R$ 51,56 por saca, com desvalorização de 0,48%.
A comercialização da soja 2024/2025 já alcança 92% da safra, enquanto o milho da segunda safra atingiu 62,5%. Para o trimestre de outubro a dezembro, a previsão indica chuvas irregulares de 50 a 130 milímetros e temperaturas ligeiramente acima da média histórica.
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