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Meio Ambiente

Chuva de novembro já supera em 53% média histórica em MS

Para todo o estado, o esperado para o período é de 180 mm a 240 mm. Pode chover mais ainda na próxima estação.

Anahi Gurgel | 28/11/2017 15:25
Ponto de alagamento registrado em Ribas do Rio Pardo após chuva nesta segunda-feira (27). (Foto: Direto das Ruas)
Ponto de alagamento registrado em Ribas do Rio Pardo após chuva nesta segunda-feira (27). (Foto: Direto das Ruas)

Alagamentos, destelhamentos, quedas de árvores, cortes de energia elétrica e erosão estão sendo transtornos frequentes neste chuvoso novembro em Mato Grosso do Sul. O mês nem acabou, mas ja foram registrados até 250 milímetros de chuva principalmente nas regiões sul, norte e bolsão - aumento de 53% em relação à média histórica.

Nas demais áreas, segundo dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul) e do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), choveu entre 170 a 200 mm.

Dos 28 municípios monitorados, 12 estão acima da média histórica, que é de 180 mm a 240 mm para todo o mês de novembro. “Por enquanto é só um "esquenta"”, prevê a coordenadora técnica do Cemtec, Franciane Rodrigues. 

Em Aquidauana, por exemplo, choveu 245,4 mm – 53,5% acima do esperado -, em Bataguassu foi registrado 204,8 mm de chuva, correspondente a 53,5% a mais da média.

Também impressionam índices em Cassilândia, com 270,4 mm, ficando 51,6% superior ao histórico; Campo Grande, com 233 mm e 12,8% acima da média; Sete Quedas, registrando 269,2 mm de chuva, ou seja, 45,2% acima, e Três Lagoas, com 172 mm e 17,2% a mais do esperado para o mês todo.

Chuva de novembro já supera em 53% média histórica em MS

Recorde - O mapa de pluviometria do Inmet dos últimos 30 dias, aponta quantidades de chuva acima da média na região sul também em Paranhos, Tacuru, Japorã, Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi, Caracol, Bela Vista e Antonio Joao, com registros de 200 mm a 250 mm.

Mesma quantidade, de 200 mm a 250 mm, foi registrada na região norte, em cidades como Pedro Gomes e Rio Verde de Mato Grosso.

Mas o que mais impressiona é a precipitação na região do Bolsão, com índices de 250 mm a 300 mm em média, em cidades como Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Água Clara, Selvíria, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Cassilândia, Chapadão do Sul e Costa Rica.

De acordo com Franciane Rodrigues, são vários fatores que estão provocando essas chuvas intensas em todo o estado.

Entre elas a umidade e calor, que favorecem a formação de nuvens convectivas de grande porte, provocando raios e ventos fortes; a atuação de baixa pressão nas proximidades da fronteira Brasil, Bolívia e Paraguai; transporte de umidade da região norte do País, atuação de zonas de convergência de umidade no interior brasileiro e linhas de instabilidades das frentes frias.

“Tudo se concentra aqui em Mato Grosso do Sul, por isso acontecem essas mudanças de tempo tão repentinas e a formação de nuvens todos os dias”, explica a especialista em meteorologia.

De acordo com a especialista, essas condições são climatologicamente normais e espera-se que haja mais atuação desses sistemas e ainda mais chuvas na entrada do Verão.

Erosão registrada ontem (27) em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Divulgação/ Defesa Civil))
Erosão registrada ontem (27) em Ribas do Rio Pardo. (Foto: Divulgação/ Defesa Civil))

Estragos no interior - Em Ribas do Rio Pardo, somente na tarde desta segunda-feira (27) choveu intensa e incessantemente entre 13h30 e 18h30. Nessas cinco horas, foram registrados 115 mm (milímetros), de acordo com a Defesa Civil do município – 38 mm a mais do que esperado para o mês todo. O temporal deixou rastros de destruição na área urbana, com oito pontos de erosões e seis pontos de alagamentos.

“Os alagamentos afetaram 4 famílias, com aproximadamente 25 pessoas, que precisaram deixar suas casas nos bairros São Sebastião, Santa Clara, Santo André e Parque Estoril. Elas recusaram dormir em hotel, oferecido pela Prefeitura, e preferiram se abrigar em casas de parentes.

“Estamos trabalhando em conjunto com as secretarias municipais de Obras, Desenvolvimento Urbano e Assistência Social na recuperação dos estragos e atendimento à população, em constante alerta porque a previsão é de mais chuva e temporal para os próximos dias”, ressaltou o corrdenador da Defesa Civil da cidade, Marcelo Ferreira da Silva, 37.

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