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Meio Ambiente

Com uso de drones, pesquisadores produzem Atlas Ambiental de Bonito e Jardim

Levantamento realizado na UFGD pode ajudar na solução de problemas conhecidos no interior

Gustavo Bonotto | 09/05/2023 23:21
Imagens gravadas por drone msotra o encontro do Rio da Prata e o Rio Miranda. (Foto: Reproduçao/YouTube)
Imagens gravadas por drone msotra o encontro do Rio da Prata e o Rio Miranda. (Foto: Reproduçao/YouTube)

Pesquisadores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) irão diagnosticar e provocar reflexões sobre os riscos e problemas ambientais das cidades de Bonito e Jardim com Atlas Ambiental que visa analisar as bacias hidrográficas dos municípios, localizados a 297 e 236 quilômetros de Campo Grande, respectivamente. O anúncio foi divulgado pela instituição durante a tarde desta terça-feira (9).

O desmatamento, a pressão da agropecuária, os desvios de água dos mananciais, as erosões provocadas pela falta de manejo correto das terras e a falta de um sistema de drenagem nas estradas não pavimentadas estão entre os principais problemas que podem diminuir o potencial geoecológico da região e alterar de forma recorrente as águas, inclusive causando seu turvamento, aponta o estudo inicial do Laboratório de Geografia Física e Programa de Pós Graduação da UFGD.

Nesta linha, o Atlas Ambiental também terá um aspecto propositivo, para que a ciência ajude a evitar o desequilíbrio dessas bacias hidrográficas cársticas. A produção do atlas começou em setembro do ano passado e a previsão é de que seja concluída em 2024.

No entanto, no decorrer do projeto, os resultados, vídeos e tutoriais serão disponibilizados à sociedade e aos órgãos oficiais para ampliar as pesquisas e estimular a criação de políticas públicas.

Detalhes - Durante uma das análises, foi possível comprovar que, em determinado período do ano, o que era transparente como um aquário natural fica turvo com a entrada dos resíduos, provocando o cancelamento de passeios turísticos e contaminando a fauna e a flora aquáticas. Sem medidas de prevenção, o futuro dos rios Formoso e da Prata pode ser o mesmo do Rio Verde, que de verde virou marrom.

O vídeo que apresenta o projeto está disponível no YouTube. Com imagens de drone do Rio Verde, Rio da Prata e Rio Miranda, os pesquisadores Rafael Brugnolli Medeiros e Charlei Aparecido da Silva fazem observações sobre a paisagem.

A partir dos mapeamentos e levantamentos realizados, o atlas poderá ser orientador de atividades de planejamento e gestão ambiental, diagnosticar a situação geoecológica das paisagens e proporcionar informações à comunidade local que podem promover soluções.

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