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Meio Ambiente

Em nova visita, Bernal diz a catadores que lixão não será aberto

Fabiano Arruda e Luciana Brazil | 11/01/2013 12:00
Prefeito Alcides Bernal chegou a sinalizar, nesta semana, a possibilidade de reabertura do lixão. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Prefeito Alcides Bernal chegou a sinalizar, nesta semana, a possibilidade de reabertura do lixão. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Após acenar a possibilidade de reabertura, na terça (8), o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), afirmou, na manhã desta sexta-feira (11), em nova vista ao local, que o lixão, problema que perdurou décadas, não deve ser reaberto.

Ao falar sobre o assunto, Bernal disse que “não vai desrespeitar a legislação”. E aproveitou para fazer críticas à administração anterior. Declarou que as soluções “não foram tomadas a contento” e que seu principal objetivo é retirar as pessoas daquele “submundo”.

"Não estou fazendo demagogia; estou trazendo algo verdadeiro. Devagar vamos encontrar a solução", afirmou o prefeito, que ainda pediu um voto de confiança aos catadores.

Bernal se referiu a execução do Proinc, programa de inclusão profissional, que recebeu inscrições de trabalhadores no local nesta sexta. Além disso, a Prefeitura também realiza o cadastro para os interessados na cesta básica, distribuída pela SAS (Secretária de Políticas e Ações Sociais e Cidadania).

A titular da pasta, Thaís Helena (PT), por outro lado, garantiu que a Prefeitura não quer reativar o lixão, mas encontrar soluções para que os produtos servíveis não sejam jogados no aterro. “Isto está ocorrendo e é crime”.

Thaís também comentou sobre o andamento da UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos). Segundo ela, a usina está inacabada e está se formando um novo lixão no aterro. “A obra não tem esteira, nem galpão”, reclamou, acrescentando que a intenção é viabilizar um local para fazer o processo de triagem.

Ações – Ao todo, o Proinc, que existe desde 2010, tem 800 vagas, mas apenas 360 delas ainda estão disponíveis. Pelo menos 25 servidores da Prefeitura estavam no lixão nesta manhã para o cadastramento dos trabalhadores interessados em se inscrever.

O programa é executado por meio da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), SAS e Seintrha (Secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Entre as ações, os cadastrados serão destinados para atuar em serviços da Seintrha, como limpeza de gramados, e recebem salário mínimo (R$ 622).

O trabalho tem carga horária de 40 horas semanais, sendo que oito horas são para qualificação e também alfabetização, tanto para integrantes antigos e novos. Os catadores podem permanecer por até 24 meses no Proinc e apenas uma pessoa por família pode fazer inscrição. O cadastro será realizado até a próxima terça-feira.

Para a secretária Thaís Helena, as ações desenvolvidas pela nova gestão tentam resolver um problema social e ambiental. “Pela quantidade de lixo produzida em Campo Grande é possível garantir que todos os catadores sejam incluídos”.

Os recursos do Proinc são oriundos da Prefeitura e do Governo Federal. Já a verba destinada para adquirir as cestas básicas, que devem ser entregues na semana que vem, é recurso federal.

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