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Meio Ambiente

Fogo sem autorização atinge 112 hectares e gera multa de R$ 1 milhão

Incêndio alcançou reserva legal e área protegida; MP apura responsabilidades

Por Gustavo Bonotto | 18/12/2025 21:37
Fogo sem autorização atinge 112 hectares e gera multa de R$ 1 milhão
Vista áerea de reserva legal antes de ser consumida pelo fogo. (Foto: Reprodução processual)

MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito civil para apurar o uso irregular de fogo que atingiu 112,3 hectares em duas propriedades rurais de Bonito. A investigação começou após fiscalização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). O procedimento foi instaurado pela 2ª Promotoria de Justiça do município.

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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul investiga incêndio irregular que atingiu 112,3 hectares em duas propriedades rurais de Bonito. A fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul constatou que o fogo ocorreu sem autorização ambiental, afetando áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente.A infração resultou em multa de R$ 1.056.000 e na exigência de apresentação de um Projeto de Recuperação de Área Degradada. O MPMS avalia a possibilidade de firmar um Termo de Ajustamento de Conduta para garantir a restauração das áreas afetadas.

A fiscalização constatou que o incêndio ocorreu sem autorização ambiental para queima controlada. O fogo atingiu áreas de Reserva Legal e APP (Área de Preservação Permanente). As informações constam em auto de infração e laudo técnico elaborados pelo órgão ambiental.

Segundo o Imasul, o uso do fogo sem autorização configura infração administrativa. A prática também viola regras da legislação ambiental em vigor. A extensão da área queimada agravou a situação constatada na vistoria.

A irregularidade resultou em multa administrativa no valor de R$ 1.056.000. Além da penalidade financeira, o órgão ambiental determinou a apresentação de um Prada (Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Alterada). O plano deve prever ações específicas de restauração ambiental.

O projeto deverá priorizar as áreas de Reserva Legal e APP atingidas pelo incêndio. O Imasul fixou prazo de 60 dias para a entrega do documento. A exigência inclui a vinculação do projeto ao CAR (Cadastro Ambiental Rural) das propriedades.

Durante a apuração, o MPMS analisa laudos, documentos técnicos e manifestações das partes envolvidas. A promotoria determinou notificações formais e a requisição de documentos ambientais e fundiários. Também foram expedidos ofícios ao Imasul para complementação de informações.

O Ministério Público avalia a possibilidade de firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). A negociação deve ocorrer após a conclusão da fase inicial da investigação. A medida busca garantir a recuperação das áreas atingidas.

O procedimento segue em andamento no Ministério Público