ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
DEZEMBRO, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 26º

Economia

Dólar fecha estável a R$ 5,52 após inflação americana abaixo do esperado

Moeda americana subiu 0,01% nesta quinta-feira (18) enquanto Ibovespa avançou 0,38%

Por Gustavo Bonotto | 18/12/2025 18:59
Dólar fecha estável a R$ 5,52 após inflação americana abaixo do esperado
Cédula do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou quase estável nesta quinta-feira (18), cotado a R$ 5,52, com alta de 0,01%, após dados de inflação nos Estados Unidos ficarem abaixo do esperado. O Ibovespa avançou 0,38%, aos 157.923 pontos, influenciado também pelo Relatório de Política Monetária do BC (Banco Central). Analistas destacam que fatores internos e externos pressionam a cotação da moeda.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O dólar comercial encerrou a quinta-feira praticamente estável, cotado a R$ 5,52, com leve alta de 0,01%. O resultado foi influenciado por dados de inflação nos Estados Unidos abaixo do esperado e pelo Relatório de Política Monetária do Banco Central brasileiro, que revisou projeções do PIB para 2025 e 2026. No cenário internacional, o índice de preços ao consumidor americano registrou alta de 2,7% em 12 meses até novembro, enquanto o Ibovespa avançou 0,38%, atingindo 157.923 pontos. Fatores como juros altos, desaceleração global e questões políticas internas continuam pressionando a cotação da moeda brasileira.

Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor subiu 2,7% em 12 meses até novembro, abaixo da projeção de 3,1%. Os pedidos de auxílio-desemprego somaram 224 mil, em linha com expectativas. O mercado interpreta a combinação como sinal de estabilidade econômica, reforçando projeções de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2026.

No Brasil, o Banco Central revisou a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 2025 de 2% para 2,3% e para 2026 de 1,5% para 1,6%. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que a decisão sobre a Selic em janeiro ainda está em avaliação, e que cortes não estão descartados. Dois diretores indicados por Bolsonaro deixarão os cargos no fim do ano.

A manutenção de juros altos, atualmente em 15% ao ano, e o baixo nível de ociosidade da economia pressionam a moeda. A perspectiva de desaceleração global e o enfraquecimento do setor agropecuário também influenciam a cotação. Medidas fiscais recentes, como descontos no Imposto de Renda, podem ter efeito limitado sobre o consumo.

Fatores políticos também afetam o câmbio: a consolidação de Flávio Bolsonaro como líder da direita pode enfraquecer a candidatura de Tarcísio de Freitas, considerado favorito do mercado. O cenário de governo atual dificulta ajustes nas contas públicas, pressionando Ibovespa e dólar.

O dólar acumula alta de 2,07% na semana, 3,51% no mês e queda de 10,63% no ano. Enquanto isso, o Ibovespa recuou 1,77% na semana, 0,72% no mês e subiu 31,29% no ano. Bolsas internacionais operaram de forma mista: Wall Street subiu com Dow Jones +0,61%, S&P 500 +0,92% e Nasdaq +1,29%, enquanto mercados asiáticos apresentaram resultados variados.