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Meio Ambiente

La Niña deve durar até o fim do verão, mas com pouco impacto em MS

Fenômeno traz chuvas irregulares e aumento de temperaturas no estado, com maior efeito na região sul

Por Jhefferson Gamarra e Jéssica Fernandes | 10/01/2025 16:16
La Niña deve durar até o fim do verão, mas com pouco impacto em MS
Imagem áerea feita com drone na região central da Capital (Foto: Osmar Veiga)

O fenômeno La Niña, que está em atuação desde dezembro de 2024, deve persistir até o final do verão, previsto para encerrar em 20 de março. No Brasil, os efeitos típicos do evento climático incluem o aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste, a predominância de tempo seco no Centro-Sul com precipitações mais irregulares, a tendência a condições mais secas na região Sul e uma maior propensão à entrada de massas de ar frio, resultando em variações térmicas mais acentuadas.

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O fenômeno La Niña, que começou em dezembro de 2024, deve persistir até o final do verão, trazendo aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto o Centro-Sul enfrentará tempo seco e irregularidades nas precipitações. Em Mato Grosso do Sul, os impactos serão mais sentidos no sul do estado, com chuvas escassas e temperaturas elevadas. A previsão é de que La Niña permaneça ativo até o fim do verão, com uma transição para condições neutras esperada entre março e maio, o que poderá trazer maior estabilidade climática.

“Embora as temperaturas estejam elevando gradualmente, a nível global, temos que considerar as oscilações naturais. No ano passado estávamos sob o efeito do fenômeno El Niño, que causa aumento nas temperaturas, porque acontece bloqueio das frentes frias no Sul do Brasil, aonde as chuvas se concentram”, explica a meteorologista Helena Turon Balbino, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

No entanto, os impactos do novo fenômeno em Mato Grosso do Sul serão limitados à região sul do Estado, onde as chuvas deverão ficar mais escassas com aumento significativo das temperaturas.

“Desde dezembro estamos sob o efeito do fenômeno La Niña fraca, com previsão que dure ao menos até ao final deste verão. Como esperado, estamos presenciando aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste e leve diminuição das temperaturas nessas áreas. Nas demais áreas temos irregularidade nas chuvas, assim as temperaturas podem até sofrer um leve aumento por conta do céu mais claro. Em Mato Grosso do Sul, especificamente, o efeito é mais sentido no sul do estado, onde as chuvas ficam mais escassas e as temperaturas sofrem um aumento mais significativo”, detalhou a meteorologista.

La Niña deve durar até o fim do verão, mas com pouco impacto em MS
Forte chuva que caiu em Campo Grande nesta sexta-feira, após período de calor extremo (Foto: Jairton Bezerra)

Diferentemente do El Niño, que intensifica o calor e reduz as chuvas no Norte e Nordeste do país, o La Niña provoca o aumento das precipitações nessas regiões. No Centro-Oeste e Sudeste, sua influência resulta em chuvas irregulares, enquanto o Sul do Brasil tende a registrar períodos de estiagem.

A previsão é de que o La Niña permaneça ativo até o fim do verão, com a transição para um estado neutro, sendo esperada entre março e maio, com 60% de probabilidade. Essa neutralidade nas condições oceânicas traria maior estabilidade ao clima, com padrões de chuva e temperatura mais previsíveis.

Hoje, a chuva chegou no meio da tarde em Campo Grande, com pancada em algumas regiões. Rápida, logo veio o sol, mas apesar disso, houve queda de árvore na Rua do Garimpo, na Coopharádio.


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