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Meio Ambiente

Monitoramento de morte de macacos quer prevenir febre amarela

Comissão pretende dar resposta rápida na análise de primatas não humanos, que podem desenvolver a doença

Lucia Morel | 19/05/2021 16:59



Evitar que a febre amarela se alastre por Mato Grosso do Sul é o foco de comissão a ser formada semana que vem para monitoramento de primatas não humanos. Com coordenação do setor de controle de vetores da SES (Secretaria de Estado de Saúde), a ideia é promover a informação rápida sobre morte de macacos, animais que podem desenvolver a doença e transmiti-la, via mosquitos, aos humanos.

A notificação pronta e célere de casos de febre amarela nesses animais pode evitar uma epidemia de febre amarela, como ocorreu em relação ao novo coronavírus, cujo monitoramento falhou em algum ponto, o que fez a doença criar tamanho pandêmico.

Para o coordenador estadual de controle de vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário, é envolver vários órgãos para que se passe a fazer a notificação compulsória da morte de macacos em Mato Grosso do Sul, fazendo com que instituições e população trabalhem em conjunto nesse monitoramento.

PMA (Polícia Militar Ambiental), Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), CCR MSVia estão entre as entidades que devem fazer parte da parceria.

“Hoje, se algum animal (macaco) é encontrado morto nas estradas ou na beira, não existe essa comunicação até nós. A partir da comissão, queremos integrar e daí uma equipe vai até lá coletar material do animal para análise”, sustenta Mauro, lembrando que a morte desses bichos é comum, mas na história recente, dos casos registrados oficialmente, nenhum continha o vírus da febre amarela.

Outra preocupação da coordenação é quanto à aproximação da área urbana das cidades aos habitats dos macacos. Sabe-se que dos quatro tipos de mosquito que transmitem à doença para humanos, todos estão presentes na área rural e dois na urbana.

Aedes Aegypty, Aedes albopictus, Haemagogus e Sabethes são insetos em contato direto com os primatas não humanos, seja em ambiente urbano ou rural, e por isso, o controle deve começar nos macacos, que são os animais onde a doença pode se desenvolver e se picados, os mosquitos podem trazê-la aos humanos.

“Estamos montando um trabalho preventivo. Não podemos esperar acontecer para tomar providências, porque se ocorre um caso (em macacos), já fazemos a intervenção”, alerta, enfatizando ainda que será feito trabalho para difundir a necessidade de manter a vacina contra febre amarela – que deve ser administrada a cada 10 anos – em dia em adultos e crianças.

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