ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, SEXTA  20    CAMPO GRANDE 30º

Meio Ambiente

Onça-parda é flagrada almoçando jacaré no "BBB" dos animais

Monitoramento na Reserva Cisalpina, em Brasilândia, revelou segredos da fauna sul-mato-grossense

Por Gustavo Bonotto | 20/10/2023 21:14
Onça-parda "almoça" jacaré por volta das 13h50. (Foto: Reprodução)
Onça-parda "almoça" jacaré por volta das 13h50. (Foto: Reprodução)

Câmeras especiais de monitoramento estão ajudando na identificação de animais silvestres na Reserva Cisalpina, situada no interior de Brasilândia, a 366 quilômetros de Campo Grande. O "BBB" dos animais já resultou em flagras do cotidiano de onças-pardas, o tatu-canastra, a refeição de um lobo-guará, o passeio de um veado-campeiro, e um grupo de tamanduás-bandeiras.

De acordo com a nota enviada à imprensa, nesta sexta-feira (20), o intuito dos pesquisadores era entender a dinâmica dos animais no meio ambiente, entender quais deles habitam e frequentam a região.

Entre os flagrantes que chamam atenção, por exemplo, está o de uma onça-parda jovem com um filhote de jacaré na boca e uma irara. Em outro registro, mostra uma cotia se alimentando.

Cotia degusta uma maçã no café-da-manhã. (Foto: Reprodução)
Cotia degusta uma maçã no café-da-manhã. (Foto: Reprodução)

Segundo o plano de manejo, a reserva abriga cerca de 400 espécies de animais silvestres. Conforme o levantamento, desde a criação do espaço até o ano passado, foram identificadas 108 espécies de plantas, 22 espécies de anfíbios; 12 de répteis, 310 de aves; 92 peixes e 54 espécies de mamíferos.

Para que o "reality animal" funcionasse, foram instaladas 20 câmeras do estilo "trap", acionadas por meio de sensores de movimento.

“Identificamos diversas espécies em nossas câmeras e estamos armazenando em um banco de dados. Algumas dessas espécies de aves e mamíferos figuram na lista de animais ameaçados de extinção pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), na categoria 'vulneráveis', além de outras raras e de importância ecológica para o local", ressalta o coordenador do projeto, Sérgio Posso.

Onça-pintada transita pelo território. (Foto: Reprodução)
Onça-pintada transita pelo território. (Foto: Reprodução)

O estudo conta com o apoio da CESP (Companhia Energética de São Paulo) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Resultados deverão ser apresentados no fim do ano.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Clique aqui para entrar no canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias