PMA realiza operação de combate à ceva de animais silvestres no Pantanal
Operação Meio Ambiente Seguro tem foco nas cidades de Corumbá e Miranda, que são áreas turísticas
A PMA (Polícia Militar Ambiental) realiza, desde o último sábado (17), a Operação Meio Ambiente Seguro, que tem como foco o combate à ceva de animais silvestres no Pantanal, principalmente nos municípios de Miranda e Corumbá, na região do Passo do Lontra, onde o turismo voltado à pesca amadora é intenso.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Polícia Militar Ambiental (PMA) iniciou no último sábado (17) a Operação Meio Ambiente Seguro no Pantanal, focando no combate à ceva de animais silvestres. A ação concentra-se nos municípios de Miranda e Corumbá, especialmente na região do Passo do Lontra, área de intenso turismo de pesca amadora. A operação foi intensificada após a morte de Jorge Ávalo, funcionário de um pesqueiro em Aquidauana, atacado por uma onça habituada à presença humana. A prática da ceva, considerada crime ambiental, altera o comportamento natural da fauna, gera dependência alimentar e pode resultar em acidentes graves, além de comprometer o equilíbrio ecológico do bioma pantaneiro.
Durante a operação, os policiais fazem abordagens a pescadores, vistorias em pousadas e ranchos de pesca da região, além de ações na rodovia MS-181, com barreiras e fiscalização de veículos, turistas e moradores locais.
Conforme a PMA, os esforços estão concentrados no combate à ceva, prática que consiste em oferecer alimento, de forma intencional e contínua, a animais silvestres, com o objetivo de atraí-los, seja para caça, pesca ou simples aproximação.
“Essa prática altera o comportamento natural da fauna, gera dependência alimentar, estimula a associação entre a presença humana e a oferta de alimento, e aproxima os animais de áreas urbanizadas, onde podem ocorrer acidentes graves. Além disso, compromete o equilíbrio ecológico do bioma pantaneiro”, alerta a PMA.
A ceva é considerada crime de maus-tratos contra animais silvestres, previsto na Lei Federal nº 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. A PMA reforça que, além de crime, essa prática representa uma ameaça silenciosa, que pode aumentar o risco de ataques a humanos, facilitar a disseminação de zoonoses, causar desequilíbrios populacionais e intensificar conflitos entre espécies.
O combate à ceva foi intensificado após a morte de Jorge Ávalo, funcionário de um pesqueiro em Aquidauana, atacado por uma onça. O caso ganhou repercussão nacional. O animal foi capturado e enviado ao Instituto Ampara Animal, após ser constatado risco de novos incidentes.
Especialistas relataram que a onça estava habituada à presença humana e já não reagia mais com o instinto de fuga, típico da espécie. Entidades de proteção animal divulgaram alertas nas redes sociais sobre os riscos de alimentar animais selvagens, o que coloca tanto os bichos quanto as pessoas em perigo.
Após o ataque em Aquidauana, câmeras de monitoramento começaram a ser instaladas na região de Touro Morto, onde ocorreu o incidente, como parte das ações para prevenir novos casos.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.