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EpiMania

Duas gerações tão diferentes tem o mesmo desafio: sobreviver como DJ

Marquinhos Espinosa e Laura Bittar são os convidados da semana no Epi Mania e falaram sobre cena a local

Por Clayton Neves | 15/09/2025 07:34

Com tantos DJs aparecendo de época em época no mercado, desafio para quem está na área é se reinventar e unir forças para não deixar a arte morrer ou se banalizar. Marquinhos Espinosa e Laura Bittar, dois DJs de gerações diferentes em Mato Grosso do Sul, compartilharam experiências, desafios e a visão sobre a valorização do trabalho no Estado. Eles são os convidados desta semana do podcast EPI Mania.

RESUMO

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DJs de diferentes gerações enfrentam o desafio da sobrevivência em um mercado saturado. Marquinhos Espinosa, veterano com mais de 30 anos de carreira, e Laura Bittar, novata na cena, discutem as dificuldades e a importância da reinvenção no podcast EPI Mania. Espinosa relembra a dificuldade de ser DJ nos anos 90, quando a versatilidade era essencial para se manter no mercado. Ele ressalta que a experiência e a sensibilidade para conectar com o público são diferenciais importantes em um cenário onde o acesso a equipamentos e músicas é facilitado.Laura Bittar, por sua vez, começou na profissão por acaso, em 2016. Apesar da falta de experiência inicial, a paixão pela música a motivou a investir na carreira. Ela destaca a dificuldade de viver apenas da arte, enfrentando a desvalorização e a disparidade de cachês. Apesar dos desafios, ambos os DJs demonstram paixão pela profissão e lutam pelo reconhecimento e valorização do trabalho. Para ouvir a entrevista completa, acesse o podcast EPI Mania.

Entre histórias de carreira e reflexões sobre o mercado, a conversa revelou o quanto a profissão exige dedicação, técnica e sensibilidade para emocionar o público.

Marquinhos, com mais de 30 anos de trajetória, lembrou como era difícil se adaptar no início da carreira. “Quando comecei, ninguém entendia direito o que era ser DJ. Achavam que era só tocar música, mas não viam a responsabilidade de segurar um público por horas, sentir a energia da pista e mudar o rumo da festa se fosse preciso”, relembra Marquinhos.

Segundo ele, no final dos anos 90, era preciso tocar de tudo. “Não havia essa possibilidade de focar em um único estilo se quisesse sobreviver", contou. Ele também destaca que muitos colegas foram desvalorizados por não se reinventarem ou por limitarem seu repertório, mostrando que a versatilidade sempre foi essencial.

Com o passar de três décadas, Marquinhos “Hoje todo mundo acha que é DJ porque qualquer um pode ter equipamentos e acesso a milhares de músicas online, mas isso não substitui experiência, sensibilidade e repertório. O público sente quando o DJ está realmente conectado com a energia da festa”, acrescenta.

Rosto da nova geração de artistas do Estado, Laura Bittar começou sua trajetória de forma inusitada e com improviso. Em 2016, a então fotógrafa de eventos aceitou o convite de um amigo para tocar em uma festa. ”Eu não entendia nada. Era um monte de botões estranhos na minha frente", confessa.

Mesmo sem qualquer experiência, ela encarou o desafio. Apesar do primeiro set ter sido ruim, conforme ela mesma avalia, foi suficiente para que brotasse o desejo de estudar e se lançar profissionalmente.

Para a artista, a sensação de ver o público reagindo às músicas que ela escolhia foi marcante, e a partir dali, a jornada começou de forma lenta, mas permanente.

Depois de comprar o próprio equipamento, a carreira deslanchou. O divisor de águas foi a familiaridade com o novo equipamento e os convites para apresentações que se tornaram mais frequentes e garantiram experiência na área.

Cursando arquitetura na época, Laura encontrou no ambiente universitário um espaço para desenvolver sua arte. "O que eu mais faço, realmente, é festa universitária", afirma. Enquanto domina as festas de faculdade, também se aventura em casamentos e eventos privados.

Mesmo com a realidade difícil da cena, ela resiste e luta por valorização. "Hoje em dia é muito difícil viver da arte. Ser artista e trabalhar só como DJ é muito complicado. Tem cenário para todo mundo, mas acaba tendo uma disparidade muito grande de valores e até a desvalorização de alguns contratantes. É bem complicado, mas a gente segue trabalhando e conquistando nosso espaço", finaliza.

Acompanhe a entrevista completa no podcast EPI Mania.

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