De MS, Bell Éter está na semifinal do The Voice Brasil e precisa do seu voto
Disputa entrou na fase de votação popular e o artista mais votado na internet vai direto para a final
Campo-grandense criada no Jardim Colúmbia, a cantora Bell Éter está na semifinal do The Voice Brasil, programa que revela novos talentos da música, exibido pelo SBT e pela Disney+. Agora, a disputa entra na fase decisiva de votação popular, e ela precisa da ajuda do público para ir direto à grande final da disputa. Bell foi a entrevistada desta semana no podcast EPI Mania.
RESUMO
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A cantora campo-grandense Bell Éter alcançou a semifinal do The Voice Brasil, programa exibido pelo SBT e Disney+. Criada no Jardim Colúmbia, região norte da capital, a artista busca apoio popular para garantir vaga na final do reality show, marcada para 22 de janeiro. Em sua trajetória, Bell, que é uma mulher trans, encontrou na música um refúgio após um acidente na infância. Depois de apresentações na Avenida Paulista, em São Paulo, integrou o time de Duda Beat no programa e agora pode se tornar a primeira pessoa trans a vencer o The Voice Brasil.
A votação já está aberta no site do The Voice Brasil (Clique aqui para votar). Nesta etapa, o participante mais votado de cada time garante vaga direta na final. A segunda vaga da equipe será definida pelo técnico.
A semifinal ao vivo está marcada para segunda-feira (15) e a final para o dia 22.
Durante entrevista ao Lado B, Bell voltou às origens e falou da infância na região norte de Campo Grande, onde estudou na Escola Municipal Irmã Edith Coelho Netto. Segundo ela, o cotidiano no transporte público, a falta de estrutura do bairro e as dificuldades do dia a dia foram referências da própria comunidade na formação de quem ela é hoje.
A arte que apareceu nos momentos mais difíceis
A artista contou ainda que a música não entrou na vida dela pelo caminho idealizado do “dom de infância”. Pelo contrário, veio como apoio em períodos duros. Depois de um acidente aos 4 anos, Bell teve queimaduras de terceiro grau e ficou internada na Santa Casa. Foi ali que ganhou um rádio de pilha e se aproximou de artistas e canções que escutava de madrugada.
“A música se fez presente na minha vida nos meus piores momentos. A arte aconteceu em momentos meio trágicos, mas trouxe momentos muito felizes quando aconteceu para mim”, explicou.
Mais tarde, já adolescente, ela entrou no teatro e começou a se aproximar do palco, mesmo sem acreditar na própria voz. “Eu detestava a minha voz”, lembrou.
Identidade, violência e apoio da mãe
Bell também falou sobre o processo de se entender como mulher trans, relatando que saiu de casa ainda jovem e viveu episódios de violência na rua. “Um dia me fecharam e me espancaram”, contou, ao lembrar as ofensas que ouviu na época.
Entre os apoios mais marcantes, ela destacou a mãe, Ana, que, segundo a artista, sempre reforçou que o mais importante era vê-la feliz. “Ela sempre disse que queria me ver feliz e que iria estar comigo independente do que viesse”, disse.
Da falta de espaço em Campo Grande à Avenida Paulista
Outro ponto forte da entrevista foi a decisão de cantar na Avenida Paulista, em São Paulo, como forma de romper a dificuldade de espaço para artistas independentes em Campo Grande. A cantora criticou convites de produtores que ofereciam apresentação sem cachê.
“Eu me revoltava com isso”, pontuou. A partir daí, ela investiu em uma caixa de som, microfone e viagens para se apresentar na rua. “Eu peguei todo o meu sentimento de revolta e coloquei em uma atitude”, avaliou.
A aposta deu resultado. Das apresentações, na Paulista, a campo-grandense ganhou seguidores nas redes sociais e se desafiou a desenvolver o contato com o público. “Isso só aconteceu porque eu me mostrei pro mundo”, afirmou.
The Voice, cadeira virada e a emoção de chegar até aqui
Sobre a entrada no reality, Bell contou que recebeu a ligação da produção quase às 23h. “Eu achei que era trote”, confessou.
No programa, ela ficou no time de Duda Beat, artista que já acompanhava antes. “Eu gostaria muito de estar no time dela e até cheguei a dizer isso em uma entrevista”, contou. Bell também falou da experiência das batalhas e destacou a parceria com Thales na música “Caju”, de Liniker, citando a responsabilidade de cantar uma artista trans em rede nacional.
Única pessoa trans do reality, a artista falou sobre o peso e a importância de ocupar esse espaço em rede nacional.
Voto popular para vaga na final
Agora, a votação popular é o caminho mais rápido para chegar à final. O candidato mais votado de cada time avança automaticamente. “Entrem no site e votem em Bell Éter, gente. Vamos fazer acontecer essa história. Inclusive, essa é a chance de a gente ter a primeira pessoa trans vencendo um The Voice Brasil”, finalizou.
A semifinal ao vivo será no dia 15 e a final no dia 22. Para ela, a campanha é também uma forma de representar Campo Grande e Mato Grosso do Sul em um palco nacional, além de abrir caminho para novos artistas.
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