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Política

Advogado critica argumento usado por Gaeco para pedir prisão de Amorim

Paulo Yafusso | 01/10/2015 09:51
Casa de João Amorim está com pouco movimento nesta quinta-feira (Foto: Marcos Ermínio)
Casa de João Amorim está com pouco movimento nesta quinta-feira (Foto: Marcos Ermínio)

O advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto questiona o argumento usado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para o pedido de prisão temporária do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco. Segundo ele, o pedido foi fundamentado no fato de Amorim se recusar a falar sobre as escutas telefônicas feitas na Operação Lama Asfáltica, em que ele foi pego em várias conversas tratando da cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), ocorrida em março do ano passado.

“É um verdadeiro atentado contra o estado democrático, qualquer um tem o direito de permanecer calado”, afirmou, acrescentando ainda que foi negado a Amorim o direito constitucional a ampla defesa. Benedicto de Figueiredo disse que no momento oportuno vai entrar na Justiça para desqualificar as escutas telefônicas usadas pelo Gaeco na investigação.

No entendimento do advogado, o Gaeco não poderia usar as escutas que foram feitas pela Polícia Federal, autorizadas pela Justiça Federal. Segundo ele, como se trata de investigação e decisão da Justiça de outra esfera, as escutas do Lama Asfáltica não podem fundamentar as ações do Gaeco.

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