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Política

Aliados de André exigem "pacote" para aprovar a reforma de Reinaldo

Leonardo Rocha | 17/12/2014 15:21
Mochi ressaltou que quer a votação de todos os projetos, se não vai deixar que se cumpra o regimento (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
Mochi ressaltou que quer a votação de todos os projetos, se não vai deixar que se cumpra o regimento (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
Márcio Monteiro ficou responsável por encaminhar junto aos colegas votação de reforma, amanhã eles tentarão um novo acordo de lideranças (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)
Márcio Monteiro ficou responsável por encaminhar junto aos colegas votação de reforma, amanhã eles tentarão um novo acordo de lideranças (Foto: Giuliano Lopes/ALMS)

Os aliados do governador André Puccinelli (PMDB) só votam o projeto de reforma administrativa do governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), se entrar para apreciação no plenário, as outras 23 propostas do executivo estadual, que deram entrada ontem (16), na Assembleia Legislativa.

Para que estes 24 projetos sejam votados amanhã (18), na última sessão antes do recesso, é preciso que se estabeleça um acordo de líderes entre os partidos, pois será necessário que todas as propostas cumpram os prazos regimentais. Se acontecer desta forma, os deputados terão que convocar sessões extraordinárias.

Na sessão de hoje (17), não houve acordo entre as lideranças em função de alguns projetos que geraram polêmica e divergência, entre eles o que prevê a destinação de R$ 34 milhões para conclusão do Aquário do Pantanal, através de recursos advindos do fundo de compensação ambiental.

De acordo com o deputado Eduardo Rocha (PMDB), este fundo tem R$ 60 milhões disponíveis, sendo destes R$ 34 milhões para serem enviados para conclusão do Aquário. "Este dinheiro só pode ser utilizado para esta finalidade, não tem como ser usado em outros setores", destacou o líder do PMDB.

O deputado Carlos Marun (PMDB) também salientou que o governador já tem autorização da Câmara que regula o setor para investir este recurso no Aquário, mas gostaria de que isto fosse efetivado por lei. "Não é recurso novo, já está a disposição do governo para esta utilidade".

Um dos contrários a esta ideia é o deputado Osvane Ramos (PROS), líder do seu partido, que desistiu de disputar a reeleição e ainda viu sua legenda ficar sem nenhuma representação na próxima legislatura. "Não sou responsável por trancar a pauta, só acredito que por bom senso, este (Aquário) e outros projetos devem ficar para o ano que vem, o certo seria votar o que tem consenso e deixar os polêmicos de fora".

O líder do governo, o deputado Junior Mochi (PMDB), ressaltou que tentará um acordo de líders novamente amanhã (18), mas se não houver entendimento, deixará que os projetos sigam sua tramitação normal. "Nós queremos apenas votar todos, se não for por acordo, podemos ficar até o final do ano aqui".

Esta é a posição do presidente da Assembleia, o deputado Jerson Domingos (PMDB), que ressaltou que em respeito aos servidores (projetos de categorias) e ao poder executivo, poderá convocar várias sessões extraordinárias até o final do ano. "Ficamos até o final de dezembro, se os deputados desejarem".

Reforma - O secretário da Casa Civil, a partir de 2015, Sérgio de Paula, foi hoje (17) até a Assembleia, conversar com os deputados para que o projeto da reforma administrativa, que prevê a diminuição de 15 para 13 secretarias, possa ser votado pelos parlamentares.

O deputado Márcio Monteiro, que vai assumir a Secretaria de Fazenda, no ano que vem, ficou incumbido de fazer a articulação com os colegas para que a proposta seja aprovada amanhã, sem falta. "Vamos ver se na próxima sessão haja um entendimento", disse ele.

Os deputados ainda têm o projeto do orçamento para 2015, que deve ser votado antes do recesso parlamentar, por esta razão os deputados só podem terminar as sessões neste ano, após a votação desta proposta.

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