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Política

Bernal alega prejuízo de R$ 9,6 mi e fecha “Hospital da Criança do SUS”

Alan Diógenes | 27/11/2015 18:23
Decisão foi tomada em reunião entre secretário de Saúde e conselheiros municipais de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)
Decisão foi tomada em reunião entre secretário de Saúde e conselheiros municipais de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)
Secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, disse que prejuízo com abertura do centro foi de R$ 9,6 milhões. (Foto: Marcos Ermínio)
Secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, disse que prejuízo com abertura do centro foi de R$ 9,6 milhões. (Foto: Marcos Ermínio)

A prefeitura decidiu, na tarde desta sexta-feira (27), fechar o Cempe (Centro Municipal Pediátrico), aberto na gestão Gilmar Olarte para ser um versão pública do "Hospital da Criança" do SUS (Sistema Único de Saúde), localizado na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. O prefeito Alcides Bernal (PP) alega que a abertura da unidade, pela gestão passada, causou um prejuízo de R$ 9,6 milhões aos cofres públicos.

A informação foi repassada pelo secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, durante reunião no Conselho Municipal de Saúde. “Esse valor era para ter sido investido na construção de unidades básicas de saúde, mas foi suplementado para custear o Cempe”, explicou.

Por conta disso, uma sindicância foi aberta pela atual administração para apurar ilegalidade na abertura do centro, já que não tinha fonte de financiamento de receita e usou recursos destinados aos projetos do Plano Municipal de Saúde. Segundo o secretário, até uma ação civil foi aberta pelo MPE (Ministério Público Estadual) sob o comando do promotor Alexandre Capibaribe, para apurar o caso.

O atendimento pediátrico será "descentralizado" para quatro unidades básicas de saúde dos bairros Coronel Antonino, Universitário e Vila Almeida. A partir do dia 1º de dezembro todos os funcionários do Cempe serão remanejados para estas unidades. “Também teremos reforço em mais 25 postos de saúde e possibilidade de contratação de mais pediatras”, destacou o secretário.

Ivandro disse ainda que os salários dos funcionários do Cempe também eram “exorbitantes” e incompatíveis com os demais trabalhadores da área de saúde, o que também causou prejuízos à receita municipal.

O prédio ficará fechado até a rescisão do contrato com o locatário, porque já funcionava sem projeto de contenção de incêndio e sem o parecer da Vigilância Sanitária. Também estava funcionando de forma parcial porque dois andares estavam fechados. A multa da rescisão ainda deve ser analisada pela Procuradoria Geral do município.

“Chegamos a um consenso e de forma clara e objetiva decidimos fechar, porque não podemos continuar trabalhando de forma ilegal e irregular. A abertura do centro foi um golpe criminoso que precisa ser corrigido”, concluiu o secretário.

O Conselho Municipal de Saúde foi unânime em favor do fechamento do Cempe, já que nunca autorizou a abertura do local, de acordo com o coordenador da mesa-diretora do conselho, Sebastião Júnior.

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