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Política

Colegas lamentam morte de Silveira e o descrevem como político atuante

Leonardo Rocha | 19/07/2017 09:15
Cristóvão Silveira teve cinco mandatos na Câmara Municipal de Campo Grande (Foto: Assessoria/CMCG)
Cristóvão Silveira teve cinco mandatos na Câmara Municipal de Campo Grande (Foto: Assessoria/CMCG)

Colegas lamentaram a morte de Cristóvão Silveira e lembraram que se tratava de um político experiente, com posições firmes e bem definidas no legislativo. Fora do trabalho, o descrevem como tranquilo e amigável, que gostava de conversar e se reunir com os amigos, sempre disposto a ajudar em diversas áreas.

"Fomos da mesma bancada na Câmara (Municipal) e tínhamos uma ótima relação tanto no trabalho, como fora do expediente. Havia uma amizade, e trocávamos muitas ideias, este ano por exemplo conversamos apenas por telefone, mas ano passado tivemos muito contato, era alguém sempre disposto a ajudar", disse o presidente da Câmara, o vereador João Rocha (PSDB).

O tucano ainda comentou que mesmo deixando a política no final de 2012, Silveira sempre gostava de conversar sobre a situação da cidade e as articulações políticas. "Ele não estava mais no PSDB, porque resolveu não ser mais candidato, mas ainda conversávamos bastante".

O deputado federal, Carlos Marun (PMDB), também falou sobre o ex-vereador com o qual conviveu durante dois anos na Câmara Municipal. "No parlamento foram apenas dois anos, mas tínhamos uma relação amistosa, este assassinato é uma tragédia, estrou completamente chocado com este crime, eu e minha esposa conhecíamos o casal".

O deputado Lídio Lopes (PEN) lembrou do último mandato de Silveira, onde conviveram de 2009 a té final de 2012. "Silveira era muito tranquilo, cheguei no seu último mandato, se tratava de um vereador atuante, com linha bem centrada e definida, que sabia muito bem como se articular e se posicionar no cenário político".

Lídio também lembrou que havia contato com o ex-vereador fora do trabalho, com alguns jantares e conversas como amigos. "Sempre havia reunião entre casais, se tratava de um grupo de vereadores que faziam muitos jantares em família, fico muito surpreso e chateado com esta história e crime absurdo".

O ex-vereador Marcelo Bluma (PV) também lembrou que Silveira era um "político firme", de compromissos e de palavra. "Nunca formos do mesmo partido, as vezes em lados opostos, mas sempre o admirei pela postura e participação no legislativo, tínhamos um bom relacionamento. Estou muito triste, lamentável saber como nossa sociedade está doente, com um crime deste".

Loester Nunes (PMDB), vereador da Capital, descreveu ele como uma pessoa educada, inteligente e sempre preocupado com a saúde. "Era adepto da vida saudável, fazia exercícios e sempre exames para saber se estava tudo certo, uma pessoa de bem com a vida, que eu nunca vi fazendo cara feia para ninguém, estou chocado com esta notícia".

Caso - Assassinado em casa junto com a esposa, o ex-vereador Cristóvão Silveira ia completar 66 anos na próxima terça-feira (dia 25), era natural de Bela Vista, mas fez carreira como vereador em Campo Grande, com cinco mandatos.

Dois dos três envolvidos no roubo, que terminou com a morte do ex-vereador Cristóvão Silveira e a mulher dele, Fátima Silveira, foram presos pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e por policiais do Batalhão de Choque. A caminhonete L-200, que foi roubada, seria levada para Bolívia. A informação é de que o veículo chegou em Corumbá e foi apreendida.

O ex-vereador e a mulher dele foram encontrados mortos por volta das 20h de ontem (18), na chácara onde moravam, no km 24 da MS-80, na saída para Rochedo, em Campo Grande. O corpo da mulher foi parcialmente queimado.

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