Com 50% pronto, Hospital do Trauma depende de R$ 2,5 milhões para término
O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), declarou na manhã desta terça-feira (1°) que o Hospital do Trauma tem 50% da obra pronta e precisa de R$ 2,5 milhões para o término, depois que o governador André Puccinelli (PMDB) anunciou ontem (31) que vai doar R$ 1 milhão para o término da obra.
Trad, que saiu bastante irritado da reunião de ontem com o governador e com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos, disse que fez o possível para conseguir os R$ 4 milhões, mas garante que o saldo foi positivo, já que conseguiu alguma coisa. O prefeito também ficou aliviado com o compromisso do governador de ir a Brasília para conseguir os R$ 2,5 milhões.
Questionado sobre o arranjo feito pelo governador ontem, que impossibilitou a doação dos R$ 4 milhões. Trad preferiu amenizar e dizer que “cavalo dado não se olha os dentes”, garantindo que fará de um limão uma limonada. Ontem Puccinelli explicou que os gastos extras, de R$ 6 milhões do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e de R$ 12 milhões do MPE (Ministério Público Estadual), vão impedir a doação de R$ 4 milhões para o término do Hospital do Trauma.
O governador mostrou a planilha de gastos de cada Poder, revelando diferenças em cada mês. Em janeiro de 2011, a exemplo, a Assembleia teria que receber 12,9 milhões do Governo, mas só recebeu R$ 12,2 milhões, ficando com um haver de R$ 700 mil. A somatória destas diferenças em todos os meses acabou resultando em um haver de R$ 15 milhões, mas esta diferença teve que ser usada para repor o gasto extra dos outros poderes.
Ao falar sobre o hospital nesta manhã, Trad ressaltou que o recurso de R$ 6,8 milhões para o Hospital estava depositado e não era utilizado porque a Santa Casa estava no cadastro de inadimplentes. Segundo ele, a situação só foi resolvida quando o ex-senador Ramez Tebet conseguiu parcelar os débitos federais, para que a Capital conseguisse a liberação dos recursos, que só foi autorizado após a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o MPE (Ministério Público Estadual) e o MPF (Ministério Público Federal). O imbróglio jurídico fez a obra ficar paralisada de 2002 a 2009.