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Política

Dagoberto alega que aproximação com André foi por causa do PDT

Wendell Reis | 24/03/2012 12:09

Troca teria ocorrido para evitar saída de filiados do partido

Dagoberto e Puccinelli tiveram uma rápida, mas particular conversa após reunião do PDT neste sábado(Foto: Wendell Reis)
Dagoberto e Puccinelli tiveram uma rápida, mas particular conversa após reunião do PDT neste sábado(Foto: Wendell Reis)

O ex-deputado federal e presidente do PDT, Dagoberto Nogueira, explicou o porquê da sua aproximação com o governador André Puccinelli (PMDB), após a acalorada disputa pelo Governo do Estado e Senado Federal em 2010. Indagado sobre a boa relação após acalorados ataques, o deputado justificou que foi procurar o governador por causa de seu partido.

Dagoberto alega que procurou o governador em março do mês passado, para evitar baixas no PDT. Ele explica que o governador estava convidando integrantes do PDT para o PMDB e já tinha conseguido levar dois filiados, que hoje estão com a eleição quase garantida em Angélica e Paraíso das Águas.

Segundo Dagoberto, o acordo feito com o governador foi para que ele deixasse de assediar filiados do PDT em troca de apoio do partido em sua futura candidatura ao Senado Federal, em 2014. Ele garante que depois disso, não se reuniu mais com o governador.

Apesar de garantir que não teve mais encontros, Dagoberto declarou que vai estudar o quadro nos demais municípios do Estado, para ver onde há interesse do governador e do PDT.

Para justificar que não pensou apenas em si, Dagoberto disse que se tivesse agido de maneira individual, teria aceito indicações para cargos. “Eu não quis saber de cargo federal ou municipal para me dar esta autonomia para conduzir o que era melhor para o partido”. Dagoberto foi transferido do Detran, onde é concursado, para a Assembleia Legislativa, com a justificativa de que ocuparia um cargo para facilitar a relação entre os deputados e o Governo Federal.

Sobre a relação com o ex-governador Zeca do PT, Dagoberto garante que é amigo pessoal e tem o maior carinho. “Um cara que me deu muitas oportunidades. Vou na casa do Zeca e ele vai na minha casa. O meu relacionamento com ele é uma coisa muito forte. Isso nunca vai deixar de ser. Ele sabe também que eu tenho alguns limites. Não posso forçar o PDT a ir a alguma situação que a maioria do PDT não quer. Não é uma decisão só minha. Eu não seria egoísta até este ponto”, justificou.

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