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Política

De lactante a pastor: vereadores querem inclusão de novos grupos na vacinação

Ofício será encaminhado ao secretário municipal de Saúde e inclui servidores da própria Câmara

Tainá Jara | 27/05/2021 11:36
Sessão remota da Câmara de Vereadores, realizada nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores)
Sessão remota da Câmara de Vereadores, realizada nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores)

O avanço da vacinação contra a covid-19 triplicou os pedidos de inclusão de novas categorias no grupo prioritário pelos vereadores, em Campo Grande. Pelo menos 40 minutos da sessão desta quinta-feira, foram dedicados a reunir todas as sugestões em ofício a ser encaminhado o secretário municipal de Saúde, José Mauro. O perfil das solicitações é diverso e inclui de líderes religiosos a lactantes.

Com quase 30% da população vacinada com primeira dose do imunizante, a Capital tem um dos ritmos mais acelerados do País. As aplicações, até o momento, foram feitas em grupos estabelecidos no PNI (Plano Nacional de Vacinação) e, conforme a prefeitura, as normas do Ministério da Saúde continuaram a nortear a campanha.

O pedido do vereador Ademir Santana (PSDB) inaugurou o ponto sobre a vacinação. Ele solicitou a inclusão de forma urgente de jornalistas e demais profissionais da imprensa no grupo prioritário. “São pessoas que levam a notícia para todo o Estado”, ressaltou.

Pedido da inclusão de lactantes como forma de otimizar as doses, já que a criança amamentada também adquire anticorpos contra a doença através do leite, foi feito pelos vereadores Riverton Francisco de Souza (DEM), Camila Jara (PT) e André Luís (Rede). O último também sugeriu vacinar os usuários habituais do transporte coletivo, especialmente de linhas mais movimentadas, como a 080 e a 070.

Daí em diante os pedidos foram longe e os parlamentares não se intimidaram em beneficiar grupos dos quais são representantes. Pastor, o vereador Clodoilson Pires (Podemos) solicitou a inclusão de lideres religiosos, inclusive, padres e pais de santos. “Essas pessoas estão dando conforto e consolo pessoal durante a pandemia”.

O vereador Valdir Gomes (PSD) reforçou a necessidade de vacinar todos os profissionais da Semed (Secretaria Municipal de Educação), lembrando que sua filha, Hebe, servidora da pasta está inclusive isolada com suspeita da doença. O parlamentar também aproveitou para pedir a imunização de alguns servidores da própria Câmara de Vereadores. “Pelo menos um por gabinete”.

Após ressaltar a importância da abertura da vacinação para caminhoneiros, o vereador Roberto Santana (Republicanos) lembrou a atuação dos motoristas autônomos na linha de frente durante a pandemia e pediu a inclusão da categoria no ofício.

O apelo veio até para quem sequer é servidor municipal. O vereador Victo Rocha (PP) listou os servidores e terceirizados do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) para receber a primeira dose da vacina. Presidente da Casa, o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), lembrou que já havia solicitado a inclusão dos funcionários do Ceasa-MS (Central de Abastecimento).

Houve pedido também de quem estava desavisado do andamento da vacinação. O vereador Tiago Vargas (PSD) pediu a inclusão dos garis, sem saber que trabalhadores da área de limpeza e conservação, foram vacinados há mais de um mês, justamente por serem considerados parte do grupo prioritário.

Brasília – Diante dos inúmeros pedidos, o vereador Beto Avelar (PSD) lembrou que o ofício também deveria ser destinado para a bancada federal de Mato Grosso do Sul, pois a decisão quanto a alteração do PNI para inclusão de novos grupos cabe ao Ministério da Saúde.

Em nota, o município afirmou que segue as orientações doPNI) definidas pelo Ministério da Saúde. “Portanto, toda e qualquer deliberação a respeito da vacinação de públicos que não estejam entre os preconizados inicialmente deve ser estabelecida pelo órgão”.

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