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Política

Defensor da atual política de preços, José Mauro Coelho assume a Petrobras

Ele substitui o general Silva e Luna, que deixou o cargo criticado devido aos altos preços dos combustíves

Jhefferson Gamarra | 14/04/2022 15:55
José Mauro Coelho em seu discuro de posse como presidente da estatal (Imagem: Reprodução)
José Mauro Coelho em seu discuro de posse como presidente da estatal (Imagem: Reprodução)

O executivo José Mauro Coelho tomou posse na tarde desta quinta-feira (14) na presidência da Petrobras. Ele assume o lugar do general da reserva Joaquim Silva e Luna, que ficou menos de um ano no cargo e foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio aos reajustes dos preços dos combustíveis.

Em seu discurso de posse, o novo chefe da estatal agradeceu a confiança do presidente Jair Bolsonaro e prometeu manter o "modelo de gestão" adotado desde 2017, projetando a empresa como a 5ª maior produtora de petróleo do mundo até 2030. Atualmente a estatal ocupa a 7ª posição.

“Atualmente produzimos 2,1 milhões de barris de petróleo por dia e temos uma produção bruta de gás natural de 98 metros cúbico por dia. Nos próximos 5 anos a Petrobras aumentará a produção em 500 mil barris de óleo diárias, com implantação de 15 novas sistemas de produção, sendo que 12 já estão contratados. Isso é fruto de um novo modelo de gestão que a Petrobras experimentou a partir de 2017, com continuidade a partir de 2019”, ressaltou Coelho.

Entusiasta do modelo de captação de petróleo do pré-sal, Coelho elogiou o modelo gestão feito após os governos petistas, ainda no governo Temer, que alinhou o preço dos combustíveis no Brasil ao do mercado internacional, abrindo mão de controle artificial. “Em 2014, a dívida bruta da Petrobras era de R$ 160 bilhões. Hoje, inferior a R$ 60 bilhões, o que abre espaço para investimentos”, ressaltou.

Em relação a alta nos preços dos combustíveis, o novo presidente alegou que embora o Brasil seja autossuficiente e até exportadores de petróleo bruto, “somos importadores de vários combustíveis, como gás de cozinha, gasolina, diesel e a querosene de aviação, o que impõe ao agentes de mercado e ao governo federal grandes desafios para a garantia do abastecimento”.

Para evitar a crise que derrubou seu antecessor, o general Joaquim Silva e Luna, o novo executivo garantiu que fará aproximações o Congresso, com o Executivo Federal e com os Poderes Executivo e Legislativo dos estados. “Teremos uma Petrobras que trabalhará mais para fora”, afirmou.

Coelho será o terceiro comandante da Petrobras no governo de Jair Bolsonaro. O cargo já foi ocupado por Roberto Castello Branco entre 2019 e 2021, e pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, entre 2021 e 2022.

Perfil – José Mauro Ferreira Coelho foi indicado pelo Governo Federal, que é o principal acionista da Petrobras, e eleito presidente pelo conselho de administração ainda na manhã desta quinta-feira (14).

Ele é graduado em química industrial, com mestrado em engenharia dos materiais, pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutorado em planejamento energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi ainda oficial de artilharia do Exército entre 1983 e 1991.

Além disso, o novo executivo-chefe da petroleira já foi presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, até outubro de 2021.

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