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Política

Empresária de Chapadão foi alvo de operação da PF contra protestos pós-eleições

Em MS, foram 17 mandados de busca e apreensão cumpridos na operação deflagrada a mando do STF

Silvia Frias | 16/12/2022 10:27
Operação foi realizadas por equipes da PF de MS, outros seis estados e Distrito Federal. (Foto: Paulo Francis)
Operação foi realizadas por equipes da PF de MS, outros seis estados e Distrito Federal. (Foto: Paulo Francis)

A empresária Kathy Chrestani foi alvo de um dos 17 mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF (Polícia Federal) em Mato Grosso do Sul, na operação contra suspeitos de organizarem bloqueios e manifestações contra o resultado das eleições presidenciais.

Kathy mora em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros de Campo Grande, sendo sócia-proprietária de empresa de armazenagem na cidade.

A reportagem confirmou o cumprimento do mandado contra a empresária. Na operação deferida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), foram 81 mandados expedidos para alvos no Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Na nota emitida pela PF consta que é apuração “acerca dos bloqueios de rodovias após a proclamação do resultado das eleições 2022”.

A reportagem entrou em contato com o escritório que representou familiares de Kathy Chrestani e, por meio do advogado Edmilson Pattini, a empresária disse que preferia não comentar a investigação e que a divulgação a deixou consternada.

Lista – Além da empresária, o Campo Grande News confirmou que mandados foram cumpridos contra o vice-presidente do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, o ruralista Renê Miranda Alves, a ex-assessora parlamentar Juliana Gaioso, o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli Rosa (MDB) e a médica Sirlei Ratier.

Rêne Alves, Juliana Gaioso, Waldeli Rosa e Sirlei Ratier estão entre os sete nomes listados em documento elaborado pela Sisp (Superintendência de Inteligência de Segurança Pública da Sejusp) e enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) no mês passado. Renato Merem (ex-presidente do Movimento Nacional dos Produtores - MNP), o agricultor Germano Francisco Bellan e o empresário Júlio Augusto Gomes Nunes completam a lista.

Desde que a operação foi deflagrada, a reportagem entrou em contato com todos os listados. O advogado Ewerton Bellinat, que representa Renê Alves, disse que ontem o mandado não foi cumprido contra o cliente e que ele será ouvido no dia 17 deste mês.

O ex-prefeito divulgou nota em que diz ter recebido com “naturalidade" a informação de que deverá prestar esclarecimentos acerca da sua defesa em prol da liberdade de expressão. Juliana Gaioso negou que atuasse como líder das manifestações, explicando que está produzindo documentário sobre os protestos e que prestará depoimento à PF.

Sirlei Ratier, Julio Augusto Nunes e Renato Meren não atenderam as ligações. Já sobre Germano Francisco Bellan, a informação dada no escritório é que ele estaria viajando “há alguns dias”.

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