Esquema de segurança barra imprensa em visita de Janja à Capital
Primeira-dama cumpre agenda fechada bem longe dos jornalistas e sob vigilância da Polícia Federal
A visita da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, a Campo Grande começou sob sigilo e segue longe dos jornalistas. Desde que chegou, no fim da manhã, a imprensa não consegue acesso a ela, sempre cercada por agentes da Polícia Federal que impedem qualquer aproximação.
RESUMO
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A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, visitou Campo Grande com forte esquema de segurança da Polícia Federal, que manteve a imprensa distante durante toda a programação. O evento principal ocorreu na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde o acesso foi restrito a convidados cadastrados. A visita faz parte do projeto Vozes dos Biomas, que reuniu cerca de 50 mulheres indígenas e quilombolas para discutir propostas sobre o Pantanal, em preparação para a COP30. As ministras Sônia Guajajara e Simone Tebet também participaram do encontro, que abordou os impactos das mudanças climáticas na região.
Nesta tarde, em evento na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a PF transformou o campus em área de acesso restrito, sob controle rigoroso, com 5 carros e cerca de 15 agentes da PF, 10 vindos de Brasília acompanhando Janja. Nem fotos foram permitidas; por isso, as imagens foram feitas de longe. A expectativa é que ela fale ao fim da programação.
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A comitiva inclui também as ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). O evento faz parte do projeto Vozes dos Biomas, que reúne mulheres indígenas e quilombolas para discutir propostas sobre o bioma Pantanal dentro das preparações para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).
No auditório da Agead (Agência de Educação a Distância), onde ocorre o encontro, apenas convidados previamente cadastrados puderam entrar. A área foi isolada por estruturas de contenção e fitas zebradas, impedindo que jornalistas se aproximassem do prédio.
Repórteres foram mantidos a 20 metros de distância, em área aberta e sem cobertura, vigiados de perto por agentes federais. Não é possível nem chegar perto da faixa zebrada. Assim que algum jornalista ou fotógrafo tenta, a PF pede para recuar.
A assessoria da UFMS também não forneceu informações sobre a programação e impediu a aproximação da imprensa. O argumento, segundo nota da assessoria da Presidência, é de que se trata de um evento fechado, sem previsão de cobertura jornalística, para que os participantes se sintam à vontade.
Entre os presentes, cerca de 50 mulheres indígenas e quilombolas participaram das discussões sobre os impactos das mudanças climáticas no Pantanal e sobre o papel das comunidades tradicionais na chamada “transição justa”.
A única autoridade que conversou brevemente com os jornalistas foi a ministra Simone Tebet, que parece já estar em campanha pelo Senado.
Mais cedo, depois de visitar a ONG, a programação previa almoço em restaurante Funky Fresh, no edifício Vertigo, na Travessa Ana Vani. Mas por atraso na programação, a comitiva foi direto para a UFMS.
Sem aviso prévio, Janja chegou a Campo Grande por volta das 11h30, iniciando a programação com uma visita ao Instituto Tamanduá, no Jardim dos Estados, onde se reuniu com cientistas e ambientalistas.
A agenda na UFMS começou no início da tarde e deve terminar no fim do dia. A primeira-dama retorna a Brasília às 18h, em voo da FAB (Força Aérea Brasileira).