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Política

Governo vai decidir quem será o presidente da nova CPI da Enersul

Leonardo Rocha | 02/04/2015 11:43
Onevan de Matos poderá ser o fiel da balança e ele já afirmou que votará o que a base do governo decidir (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Onevan de Matos poderá ser o fiel da balança e ele já afirmou que votará o que a base do governo decidir (Foto: Roberto Higa/ALMS)

O governo estadual irá decidir quem irá presidir a nova CPI da Enersul, que vai investigar o desvio de R$ 700 milhões da instituição, além de uma pagamento mensal para 35 pessoas que faziam parte de uma “Folha Confidencial”. A conta é simples, se houver empate na disputa entre Marquinhos Trad (PMDB) e Paulo Corrêa (PR), o “fiel da balança” será o deputado Onevan de Matos (PSDB), que afirmou que irá votar de acordo com a base do governo estadual.

“Nenhum dos candidatos me procurou, vou seguir o que a maioria decidir, mas se tiver que desempatar a disputa, vou consultar a base do governo, para chegar a uma conclusão”, ressaltou Onevan, que adiantou que não pretende concorrer nem a presidência e nem a relatoria da comissão parlamentar.

Nesta disputa, o deputado Paulo Corrêa (PR) segue na frente, pois tem o apoio declarado de Beto Pereira (PDT), já que ambos fazem parte do bloco dos partidos pequenos. Os outros dois votos são de Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT). O petista, por sua vez, ponderou que até o momento não foi procurado por nenhum dos candidatos, mas que ainda não decidiu quem vai apoiar.

“Ainda não tenho definição, vou resolver depois da Páscoa, acredito que o presidente da CPI precisa ser alguém com experiência na condução de comissões parlamentares e que tenha disposição para investigar a fundo toda esta história”, disse ele.

Articulação – Na reunião que ocorreu na semana passada entre o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com sua base aliada, o tucano questionou o deputado Marquinhos Trad (PMDB) se realmente existiam evidências sólidas para a criação da CPI, já que a empresa Energisa, que comprou a Enersul, poderá ter um leque de investimentos no Estado.

O peemedebista argumentou que as denúncias são sólidas, baseadas em uma auditoria feita pela empresa PWC (PricewaterhouseCoopers), então o tucano ressaltou que se realmente existem irregularidades, que sejam então apuradas.

Foi cogitado por integrantes da base aliada do governo, que a CPI poderia ser presidida por Paulo Corrêa (PR) e ter a relatoria de Beto Pereira (PDT), fato que pode ser confirmado na primeira reunião da comissão parlamentar, marcada para terça-feira (7), a partir das 14h, na Assembleia Legislativa.

Com a formação do bloco dos partidos menores que sempre indica dois representantes, além da bancada do PSDB que indica mais um, o governo estadual consegue sempre definir o comando das comissões da Casa de Leis. A CPI da Enersul deve decidir seu presidente com o voto da base aliada, sob orientação do governo estadual.

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