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Política

Justiça veta candidatura de político ligado à usina em Sonora

Aline dos Santos | 06/09/2012 11:25

Decisão judicial derrubou a liminar que permitiu o lançamento, à revelia do comando do PR, da candidatura de Yuri Valeis a prefeito de Sonora. Agora, o Partido da República vai acionar a Justiça Eleitoral para que o candidato seja cassado.

Conforme o advogado Andrei Menezes Lorenzetto, o diretório municipal obteve liminar para realizar a convenção, em que foi lançada a candidatura própria, contudo, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) derrubou a decisão ontem. “Com essa cassação da liminar, a convenção é irregular, portanto o registro é nulo”, afirma. A impugnação será apresentada à Justiça Eleitoral.

O setor jurídico também avalia se será solicitada permissão para fazer coligação com outros partidos. O diretório regional do PR pretendia se coligar com o PT e o PMDB. O PR alegou que foi regular o ato que resultou na dissolução da Comissão Provisória Municipal, fundado em infração devidamente estabelecida na lei partidária.

Para a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, que cassou a liminar, “o juízo de primeiro grau não decidiu com acerto, tendo em vista estar ausente a prova inequívoca que convença da verossimilhança das alegações”.

Maior empregador - Yuri Valeis é filho do diretor da usina Companhia Agrícola Sonora Estância, Cleiton Jarbas Valeis. A indústria tem cerca de 3 mil funcionários em época de safra, o equivalente a 20% da população da cidade, de 14 mil habitantes.

Numa comparação, a prefeitura de Sonora possui em torno de 600 funcionários públicos. Para o prefeito de Sonora, Zelir Maggioni (PMDB), o Mano, a intenção do grupo ligado à usina é dominar o poder na cidade. Yuri Valeis informou que está desligado da usina há um ano.

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