Para Azambuja, solução de conflitos indígenas dependem só da União
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou na manhã desta terça-feira (30) que espera ação efetiva do Governo Federal em relação aos conflitos indígenas recentemente registrados em propriedades rurais do Estado.
"Estamos em contato com o ministro (da Justiça) José Eduardo Cardozo com o objetivo de pacificar o campo. Muitas ações dependem exclusivamente do Governo Federal", classificou o governador.
Seis meses depois - Em janeiro deste ano, o governador se reuniu, em Brasília, com o ministro da Justiça para tratar da compra da Fazenda Buriti, no município de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
Na época, o ministro afirmou que o processo de aquisição da fazenda estava em fase final. "Será um marco nacional na resolução de conflitos envolvendo a disputa de terras por indígenas e produtores rurais", afirmou Cardozo na época.
No entanto, hoje Azambuja afirmou que a questão ainda não foi resolvida. "Desde janeiro nós aguardamos uma ação efetiva em relação à compra das terras da região do Buriti, que até onde não foi concretizada", definiu o governador.
"O que posso dizer é que estamos em um Estado democrático de direito, e que isso vale para todos, ou seja, deve-se cumprir as leis", classificou Azambuja.
Diálogo - "Essa história de invasão desrespeita as leis. O Estado aceita dialogar, mas exige que se coloque em prática o Estado democrático de direito", afirmou.
Nesta segunda-feira (29), representantes do poder público, do governo de Mato Grosso do Sul, de prefeituras da região sul do Estado e proprietários rurais se reuniram na Assomasul (Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul) para tentar encontrar soluções, ou pelo menos alternativas, para lidar com o problema dos conflitos indígenas nas cidades do interior sul de MS.