PDT tem cinco dias para buscar consenso ou optar por disputa em MS
Após impasse, que poderia gerar uma disputa pela presidência estadual do PDT, o presidente nacional, o ex-ministro Carlos Lupi, sugeriu que os filiados tenham cinco dias para buscar consenso, em uma chapa única, para evitar um conflito interno. Eles voltam se reunir na próxima sexta-feira (26), para homologar chapa única ou promover votação entre Dagoberto Nogueira e João Leite Schimidt.
A confusão aconteceu em função dos nomes que vão compor o diretório estadual, que teria 70 nomes, porém de acordo com o deputado estadual Beto Pereira (PDT), Dagoberto teria retirado sete nomes desta lista e colocado em seus respectivos lugares, pessoas ligadas a ele, para garantir maioria no diretório, o que não tinha sido acordado com as demais lideranças.
“No dia 18 de junho retiraram estes nomes e colocaram outros, nós então não aceitamos e combinados de fazer uma nova chapa, para disputar a executiva estadual, pelo cargo da presidência”, disse Beto Pereira. Esta ação provocou uma tensão no evento do PDT, que tinha como objetivo apenas homologar a nova composição, tendo Dagoberto como provável presidente.
Com este conflito, o presidente nacional, que veio participa do evento em Campo Grande, sugeriu que uma nova lista do diretório fosse formada, tendo então a inclusão dos nomes retirados. Com isto esta composição ficou com 78 integrantes, tendo cinco dias úteis, para resolver como será composta a executiva nacional.
“Tempo para se pensar com calma, buscar entendimento e consenso, se não houver, volto aqui na semana que vem para sabe como vai ficar”, disse Lupi.
Interesses – Dagoberto explicou que retirou estes sete nomes, porque foram apresentados fora do prazo e depois poderia gerar ações na Justiça para até cancelar a convenção, como foi feito em outras vezes. “Se tratou de uma segurança legal, mas percebi que apesar do acordo, eles tinham reuniões depois para conseguir maioria contra mim”, disse ele.
O deputado federal ainda alegou que estes “impasses” tem como motivo principal, a eleição para prefeito em 2016, já que segundo ele, os deputados Beto Pereira e Felipe Orro, almejam esta vaga. “No fundo toda esta discussão se trata da eleição do ano que vem em Campo Grande”.
Felipe Orro inclusive relatou durante seu discurso, que o partido precisa ter candidatura própria em Campo Grande, para ser protagonista e deixar de apoiar partidos aliados. Ele ressaltou que os filiados querem ter esta garantia. “O melhor para o PDT, não é o que o PT, PSDB ou o que o PMDB quer para nós”, resumiu.
Se os integrantes não conseguirem chegar a um consenso, então duas chapas vão se enfrentar pela presidência estadual, tendo de um lado Dagoberto e Paulo Pedra e do outro, João Leite Schimidt, Felipe Orro e Beto Pereira. “Acho que a discussão tem que ser o que o PDT quer para Mato Grosso do Sul e não quem será o presidente”, disse Lupi.