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Política

PP e PSDB terão as principais cadeiras da próxima Mesa Diretora do Legislativo

Deputados estaduais eleitos para os próximos quatro anos já se reúnem para buscar chapa de consenso

Gabriela Couto | 25/11/2022 07:50
Deputado estadual Gerson Claro (PP) é cotado para assumir a presidência da Mesa Diretora. (Foto: Kísie Ainoã)
Deputado estadual Gerson Claro (PP) é cotado para assumir a presidência da Mesa Diretora. (Foto: Kísie Ainoã)

As alianças das eleições deste ano vão refletir diretamente na formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para o biênio 2023/2024. O deputado estadual Gerson Claro (PP) falou com exclusividade ao Campo Grande News sobre como está sendo a articulação para conseguir uma chapa de consenso entre os 24 deputados. Para se eleger são necessários 13 votos.

“O PP tem pretensão de disputar a presidência da Assembleia Legislativa, pela participação no projeto político e de participar de um poder. Reivindicamos isso através da Tereza Cristina (PP), nossa senadora eleita, de dois deputados estaduais eleitos e um deputado federal”, justificou ele que sempre foi aliado de primeira hora do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

A ex-ministra da Agricultura participou ativamente da campanha vitoriosa de Eduardo Riedel (PSDB) para o governo do Estado. Foi vista como uma madrinha política ao apresentar o amigo de longa data do agronegócio para a população e ressaltar suas qualidades para ajudar o Estado a continuar crescendo.

Amigos de longa data do meio do agronegócio, governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) ao lado da senadora eleita Tereza Cristina (PP). (Foto: SaulSchramm)
Amigos de longa data do meio do agronegócio, governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) ao lado da senadora eleita Tereza Cristina (PP). (Foto: SaulSchramm)

Mas segue indefinido o nome do PP para a principal cadeira do Poder Legislativo. “Se o partido entender que posso representar bem a sigla e os colegas aceitarem, pode ter certeza que vou aceitar o desafio. Mas isso é um segundo momento, não está resolvido ainda. Temos que resolver dentro de casa. Se nós tivermos isso acertado com o governo, a gente pode construir uma chapa de unanimidade”, ponderou.

Além de Gerson, o PP também reelegeu Londres Machado para seu 12º mandato. O parlamentar está com 80 anos, já foi duas vezes governador interino de Mato Grosso do Sul e presidente da Mesa Diretora por várias legislaturas. No entanto, o decano tem dito a parlamentares próximos que não tem a intenção de assumir um cargo que tome muito o tempo dele. O presidente da Casa de Leis precisa estar integralmente no comando do poder e presencialmente nas sessões ordinárias.

Gerson Claro (PP) ao lado da presidente do partido Tereza Cristina, governador eleito Eduardo Riedel e atual governador Reinaldo Azambuja. (Foto: Divulgação) 
Gerson Claro (PP) ao lado da presidente do partido Tereza Cristina, governador eleito Eduardo Riedel e atual governador Reinaldo Azambuja. (Foto: Divulgação)

E por conta dessa pretensão do PP, será natural que o PSDB tenha a preferência para ser o primeiro secretário ou indique alguém para a segunda cadeira mais importante do Legislativa. É essa a vaga que administra todo o orçamento destinado para o Legislativo. Mas, internamente, dois nomes já se colocaram como candidatos.

Os tucanos representam a maior bancada eleita dos próximos quatro anos, com seis deputados. Já afirmaram que estão disputando a primeira-secretaria o atual presidente Paulo Corrêa e o deputado Jamilson Name.

Já Mara Caseiro ainda busca articular a presidência da Casa. Se o PSDB pegar a presidência, será invertida a ordem. No caso o PP ficaria com a primeira-secretaria. Só que até o momento não houve uma reunião dos seis tucanos com o presidente do partido, o governador Reinaldo Azambuja.

Mesmo que ele afirme publicamente que os deputados precisam decidir os nomes entre eles, muitos aguardam uma orientação que será acatada como forma de lealdade e gratidão pelo apoio durante a campanha eleitoral.

O fato é que as peças do xadrez estão se mexendo lentamente, conforme Gerson Claro confirmou. “Não temos pressa. O Riedel toma posse dia 1º de janeiro e nós fazemos a eleição no dia 1 º de fevereiro, pra que atropelar? Não precisa. O mais importante agora é trabalhar composição de governo. Temos a Lei Orçamentária Anual para votar, tem muita coisa para poder acertar e depois definir a Mesa. Ela está sendo dialogada, mas não tem que resolver hoje. Tem muito tempo ainda”, ponderou.

Vale ressaltar que ainda é preciso ser feita a formação de blocos e comissões. A principal dela, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) que pode entrar na negociação para o consenso de uma chapa ano que vem. As indicações devem ocorrer do mesmo jeito dos anos anteriores.

A expectativa é que tudo esteja definido em janeiro. Uma fonte de dentro do PSDB também destacou que está muito cedo para fazer essa discussão. “O governador Reinaldo e o futuro governador vão chamar os deputados no momento certo. Tudo que falar hoje está cedo demais. É muita especulação”.

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