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Política

PSDB deve expulsar José Chadid hoje por integrar gestão de Bernal

Zemil Rocha | 14/10/2013 14:08
Chadid ignorou convocações do PSDB para se defender (Foto: arquivo)
Chadid ignorou convocações do PSDB para se defender (Foto: arquivo)

O Diretório do PSDB de Campo Grande deve aprovar hoje, em reunião marcada para as 18 horas, a expulsão do secretário municipal de Educação, José Chadid, por descumprir o estatuto do partido, que diz que qualquer filiado que for assumir um cargo no Executivo precisa informar e consultar a agremiação partidária antes de assumir. Pelo mesmo motivo, a presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Leila Machado, deve ser expulsa na reunião marcada para o dia 21, também às 18 horas.

Em ambos os casos, os processos éticos se arrastam há quase quatro meses. Inicialmente foram nomeados três membros do partido para avaliar a situação dos dois secretários. Essa comissão conseguiu ouvir apenas Leila Machado, já que Chadid não compareceu, apesar de ter sido várias vezes convocado.

Um filiado denunciou os dois por infringência ao estatuto partidário, com a Comissão de Ética tendo emitido parecer pela expulsão de José Chadid e Leila Machado. A Executiva municipal do PSDB referendou essa decisão, que agora será submetida ao Diretório Municipal do partido, que é constituído por 45 membros.

Segundo o presidente municipal do PSDB, Carlos Assis, a primeira convocação ocorrerá a partir das 18 horas. O quórum mínimo é de 23 dirigentes. Caso não haja número suficiente será feita uma segunda convocação meia hora depois. Para Assis, a decisão deve ser tomada com uma hora de reunião.

Com o processo mais adiantado, o julgamento do processo disciplinar de Leila deveria ter acontecido no dia 30 de setembro, mas ela apresentou atestado médico e acabou provocando adiamento. Além disso, Leila alegou que deseja participar pessoalmente da sessão que pode definir seu futuro no PSDB. A decisão será no dia 21 de outubro.

Toda a polêmica sobre a expulsão dos secretários Leila e Chadid surgiu quando o PSDB rompeu politicamente com o prefeito Alcides Bernal, a quem apoiou no segundo turno da eleição do ano passado na Capital. Os tucanos queriam participar da administração fazendo indicações que passassem pela aprovação das instâncias partidárias, mas Bernal optou por fazer escolhas pessoais.

Os líderes do PSDB, capitaneados pelo deputado federal Reinaldo Azambuja, fizeram várias reuniões com Bernal para tentar convencê-lo a dar espaços políticos ao partido e não a tucanos escolhidos por ele. Não adiantou e o rompimento político foi inevitável.

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