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Política

Recontagem tira vaga de Juliana Zorzo e dá força ao PSDB na Câmara

Michel Faustino | 14/12/2015 14:46
Lívio Viana, José Chadid, Francisco Saci, Eduardo Cury, Marcos Alex, Roberto Durães e Cicero Avila. (Foto: Gerson Walber)
Lívio Viana, José Chadid, Francisco Saci, Eduardo Cury, Marcos Alex, Roberto Durães e Cicero Avila. (Foto: Gerson Walber)
Livio Viana é suplente do PSDB e deve ficar com vaga deixada por Chadid que foi efetivado na lugar de Rose Modesto. (Foto: Gerson Walber)
Livio Viana é suplente do PSDB e deve ficar com vaga deixada por Chadid que foi efetivado na lugar de Rose Modesto. (Foto: Gerson Walber)

A retotalização dos votos realizada após a publicação do acórdão da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou os mandatos dos vereadores Thais Helena (PT), Paulo Pedra (PDT) e Vanderlei Pinheiro de Lima, o Delei Pinheiro (PSD), fez com que a coligação PSC/PSDC/PSD, que tem como primeira suplente Juliana Zorzo, perdesse uma vaga e, por sua vez, garantiu uma cadeira a mais na Câmara para o PSDB. Os novos vereadores e seus respectivos suplentes foram diplomados no início da tarde desta segunda-feira (14) pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso Sul).

No lugar da vereadora Thais Helena quem assume é o 1º suplente, Roberto Santos Durães (PT). Na vaga de Paulo Pedra, que se licenciou para assumir o cargo de Secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, permanece o médico Eduardo Cury (PTdoB), que deixa de ser suplente e assume efetivamente como vereador na coligação PDT/DEM/PSB/PTdoB. Já a vaga de Delei Pinheiro ficou com o PSDB, que tem como 1º suplente o médico Livio Viana. Neste caso, a expectativa era de que a vaga ficasse com Juliana Zorzo, 1ª suplente na coligação PSC/PSDC/PSD, mesma de Delei. No entanto, em decorrência da anulação dos votos a coligação acabou perdendo a vaga.

Todos os vereadores são unanimes em dizer que estão tranquilos com o novo desafio, mas admitem que, diante do cenário tão conturbado, o caminho não será fácil. Os vereadores vão ter um semestre para mostrar trabalho se quiserem continuar ocupando uma cadeira na Casa em 2017.

O agora vereador, Roberto Durães, diz que está tranquilo para assumir e se sente disposto a trabalhar de forma clara e transparente em prol da população campo-grandense. Com 57 anos de idade, Durães já foi candidato 12 vezes e chega à Câmara com 1.890 votos obtidos nas eleições de 2012.

Roberto Durães também é bacharel em Direito, tem registro profissional de radialista e animador de TV. Atuou mais de 15 anos em diversas rádios da Capital. Foi assessor especial do prefeito e senador Antonio Mendes Canale. Durante o governo de Zeca do PT, ele foi diretor geral administrativo do Hospital Regional Rosa Pedrossian.

Ansioso por assumir a cadeira, Durães chegou a requerer, no último dia 3, o cargo da colega de partido Thais Helena para que a Justiça Eleitoral agilizasse o processo de substituição.

Já Lívio Viana de Oliveira Leite, de 41 anos, atual secretário adjunto de Saúde do governo de Reinaldo Azambuja, afirmou que pretende construir com o partido os caminhos que o levarão a Câmara, entendendo que será um desafio, mas que ainda será definido se ele efetivamente irá assumir a vaga do partido. Caso Lívio abdique do cargo, que deve assumir é o o suplente Roberto Matheus. Lívio viana teve 1.537 votos nas últimas eleições.

Ele é nascido em Fortaleza (CE) e formado em Medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com doutorado em Oftalmologia pela USP (Universidade de São Paulo). Há 12 anos ele é filiado ao partido do governador Reinaldo Azambuja, o PSDB.

Numa legislatura em que seis suplentes assumiram mandatos, Roberto Durães e Lívio Leite podem não ser os últimos até o final de 2016, uma vez que, pelo menos mais nove parlamentares estão sendo investigados na Comissão de Ética e correm o risco de serem cassados por quebra de decoro, por serem acusados pelo MPE (Ministério Público Estadual), na operação Coffee Break, de montarem um esquema de compra de votos para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

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