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Política

Rose Modesto é 3ª deputada de MS a assinar CPI do abuso de autoridade

Deputada federal em exercício até o fim de 2022 confirmou assinatura à reportagem

Guilherme Correia e Jéssica Benitez | 24/11/2022 17:38
Rose Modesto, durante evento de campanha neste ano para o governo do Estado. (Foto: Alex Machado)
Rose Modesto, durante evento de campanha neste ano para o governo do Estado. (Foto: Alex Machado)

Em exercício até o final de 2022, a deputada federal Rose Modesto confirmou ao Campo Grande News nesta quinta-feira (24) que assinou requerimento para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Abuso de Autoridade na Câmara Federal.

A CPI pretende apurar possível uso excessivo de poder cometido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Marcel van Hattem (Novo-RS) publicou em suas redes sociais lista com nomes de 185 parlamentares que assinaram o requerimento.

Nesta quarta-feira (24), o Campo Grande News apurou que os deputados federais Tereza Cristina (PP), que assume cadeira no Senado em 2023, e Luiz Ovando (PL), reeleito, assinaram o documento.

Não assinaram - O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) disse que foi procurado para assinar o requerimento, mas é contra a abertura da CPI. "Não dá nem pra discutir [a CPI]. O que está acontecendo é falta de sanidade, esse povo perdeu a noção. Tenho certeza que ninguém aqui vai dar bola pra isso", declarou.

Vander Loubet (PT) confirmou hoje à reportagem que não assinará o documento. Ele avalia que este movimento é "mais uma etapa da cartilha que o bolsonarismo segue, que é a cartilha do [Donald] Trump". “São maus perdedores, antidemocráticos, e seguem agindo para tumultuar o país e atacar nossa democracia. Inclusive, como a gente tem visto pela imprensa, já estão partindo para atos terroristas”.

“Não acredito que essa CPI vá vingar. Mesmo que haja críticas ao TSE e STF dentro do Congresso Nacional, e críticas são normais, existem tanto de um lado quanto do outro, acho que a maioria dos parlamentares sabe que a Justiça Eleitoral e o STF apenas cumpriram com seu papel, um zelou pelas eleições e o outro pela Constituição Federal”.

CPI - Ovando informou ontem, por meio de assessoria de imprensa, que a articulação é para que o número seja alcançado ainda nesta quarta-feira, “aproveitando que todos os parlamentares estão em Brasília”. Hattem começou a angariar apoio na terça-feira e tem como base três situações em que teria ocorrido abuso de poder por ambas as Cortes.

Sendo elas: busca e apreensão nos endereços de empresários que compartilharam mensagens em aplicativos, determinação de bloqueio de contas de 43 pessoas e empresas suspeitas de financiarem as manifestações contra o resultado das urnas, além de suposta censura a parlamentares, ao economista Marco Cintra, à produtora Brasil Paralelo, à emissora Jovem Pan e ao jornal Gazeta do Povo.

A explicação foi dada por ele em vídeo divulgado no Youtube. “O Judiciário tem repetidamente extrapolado suas funções, com decisões arbitrárias, inclusive legislando, em uma clara interferência no trabalho do Parlamento, bloqueando contas e censurando cidadãos sem o devido processo”, disse na gravação.

A CPI, caso seja de fato aberta, terá 27 integrantes e 120 dias para apurar os fatos e concluir os trabalhos. Vale lembrar que Ovando foi reeleito à Câmara Federal por Mato Grosso do Sul e Tereza Cristina assume cadeira no Senado no ano que vem.

O Campo Grande News entrou em contato ontem com os demais deputados que exercem mandato atualmente, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.




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