Sabatina de Marisa Serrano sobre TCE teve tom morno e de reverência
Ocorreu em tom morno e quase de reverência a sabatina da senadora Marisa Serrano (PSDB), favorita para a eleição que a Assembleia Legislativa faz amanhã para escolher o novo conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), na vaga deixada por Celina Jallad, falecida em fevereiro deste ano.
Durante sua fala aos deputados, Marisa confirmou que deve encerrar a carreira política e deixar o PSDB, por acreditar que conselheiros não devem ter “ideologia nem ligação partidária”.
Ao deixar a sabatina, ela evitou o clima de já ganhou, mesmo que ele tenha ficado explicíto na audiência. Indagada se o placar será de 16 a 5, a senadora disse que, na vida política, aprendeu que não se canta vitória antes do tempo.
Sem pressão- Durante a sessão, porém, os 21 deputados presentes trataram Marisa já como uma provável eleita ao cargo de conselheiro, na primeira sabatina feita na história da Assembleia para a escolha de conselheiros.
Sem polêmicas, como aconteceu na sabatina do deputado Antônio Carlos Arroyo (PR), o outro candidato, as perguntas a Marisa se resumiram ao histórico dela e sua qualificação para ocupar o cargo e a sua opinião sobre o funcionamento do Tribunal.
Até quem já declarou o voto ao adversário de Marisa na disputa manteve o tom cordial com a senadora, como ocorreu com o deputado Paulo Duarte (PT).
Ele foi responsável pela pergunta que provocou questionamentos e acabou sendo vetada na sessão com Arroyo, sobre a influência do governador André Puccinelli (PMDB) na escolha do conselheiro. Com Marisa, porém, preferiu explicar porque não votaria nela, aproveitou para elogiar a senador, a quem chamou de coerente por ser eleita pela oposição e continuar nela em relação ao governo federa.
Na sequência, indagou a senadora sobre propostas de mudança na atuação do TCE.
Durante suas respostas, Marisa Serrano salientou, diversas vezes, a experiência em 40 anos de vida pública, que começou como diretora de escola, passou pela função de delegada do Ministério da Educação no Estado, de deputada federal, vice-prefeita e senadora.
Por essa trajetória, ela disse aos deputados acreditar que tenha conhecimento jurídico e experiência administrativa suficiente para ocupar o cargo de conselheiro, a quem cabe fiscalizar e dar pareceres sobre a prestação de contas dos agentes públicos estaduais e municipais.