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Política

TRE retoma hoje julgamento e prefeito de Bonito pode ser cassado

Lidiane Kober | 17/03/2014 14:10
TRE decide hoje destino do prefeito de Bonito, acusado de compra de votos (Foto: Divulgação)
TRE decide hoje destino do prefeito de Bonito, acusado de compra de votos (Foto: Divulgação)

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) deve decidir, nesta segunda-feira (17), se cassa o prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, conhecido como Leleco (PTdoB), por suposta compra de votos. O placar do julgamento terminou em 2 a 1.

Na semana passada, o juiz federal Heraldo Garcia Vitta pediu vistas e, além dele, faltam votar o juiz eleitoral André Carvalho Pagnoncelli e o juiz Marcelo Câmara Raslan. Em caso de empate, o presidente do TRE, desembargador Atapoã Costa Feliz, irá se manifestar.

O julgamento, adiado por duas vezes, ocorre há mais de um ano após o caso vir à tona e depois de o jornalista João Bosco Martins denunciar o sumiço de uma das prova da suposta compra de votos e lançar suspeita sobre o envolvimento da primeira-dama, Néia Prado, no desaparecimento da agenda com nome de eleitores.

De acordo com a denúncia, na véspera da eleição extemporânea de Bonito, no dia 2 de março de 2012, em operação conjunta da Polícia Civil e do DOF (Departamento de Operação de Operações de Fronteira), foi detido o carro da mulher de Leleco e preso o motorista que conduzia o veículo, acusado de compra de votos.

Um dia após flagrante, a delegada Maíra Machado, informou que o “DOF abordou o veículo e o condutor estava na carteira com aproximadamente R$ 1,5 mil em notas trocadas, em maços de dois, cinco, 10, 50 e R$ 100”. Ainda de acordo com ela, “foi encontrada uma agenda com três páginas de possíveis nomes, telefones e endereços”, além de material de campanha da coligação do então candidato do PTdoB.

Sumiço - Mas, no dia 13 de junho de 2013, o advogado da coligação adversária, Marcos Piva, foi ao cartório da 30ª zona eleitoral solicitar cópia da agenda e surpreendeu-se com o desaparecimento da prova.

Inconformado com o sumiço, Bosco apresentou representação ao MPE (Ministério Público Estadual) para investigar o caso. Na denúncia, ele ressalta que, em depoimento, servidores do cartório, informaram a presença de Néia no local, na época do desaparecimento, para consultar a documento.

Ainda na representação, Bosco frisa que “após o sumiço da agenda de dentro do cartório o funcionário da prefeitura, cedido à Justiça Eleitoral, teve seu irmão, de nome Clayton Castilho Gomes, agraciado com um cargo de confiança DAS-4 na administração municipal de Bonito”. A denúncia também foi protocolada, na última sexta-feira (14), no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A sessão do pleno do TRE inicia às 17 horas. Na pauta, também está previsto o julgamento do pedido de cassação do prefeito de Vicentina, Hélio Sato (PMDB). Em primeira instância, a juíza de Bonito decretou a cassação do prefeito.

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