Vereadores avaliam reconvocar sócio de Consórcio após ausência em depoimento
Em reunião fechada, membros da CPI do Transporte também vão deliberar sobre os próximos passos da investigação
Os vereadores que compõem a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo de Campo Grande se reúnem na tarde desta segunda-feira (23), às 14h, para definir os próximos passos da investigação. Entre os assuntos em pauta está a possível reconvocação do sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus, Paulo Constantino, que não compareceu à oitiva da última terça-feira (18).
RESUMO
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CPI do Transporte Coletivo discute reconvocação de empresário. Vereadores de Campo Grande avaliam reconvocar Paulo Constantino, sócio do Consórcio Guaicurus, após sua ausência em depoimento justificada por atestado médico. A comissão também discutirá a convocação de um especialista em mobilidade urbana e a realização de audiência pública para ouvir a população. Presidente da CPI considera ausência de Constantino uma surpresa. Depoimento do atual diretor-presidente do consórcio confirmou que 197 ônibus circulam irregularmente e outros 98 precisam ser substituídos. Alegando dificuldades financeiras, o consórcio afirma não ter condições de adquirir novos veículos. A CPI segue investigando as irregularidades no transporte público da capital sul-mato-grossense.
A reunião será fechada e também deve tratar da convocação de novos depoentes, como um especialista em mobilidade urbana de Campinas (SP), que estava previsto para participar de uma oitiva no dia 2 de julho.
Na quarta-feira (25), a CPI encerra a Fase 4 do cronograma com uma audiência pública para ouvir a população. Os relatos serão colhidos no plenário da Câmara Municipal e na Praça Ary Coelho, das 13h às 17h, com transmissão ao vivo.
A ausência de Constantino na última oitiva foi justificada por meio de um atestado médico entregue pelo advogado do consórcio, Felipe Barbosa da Silva, sob a alegação de que o empresário estaria com conjuntivite.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio Leite (União Brasil), disse que a ausência foi uma “supresa” e afirmou, em coletiva de imprensa, que a comissão deliberará nesta segunda-feira se haverá necessidade de convocá-lo novamente.
Última oitiva - Durante a sessão da semana passada, prestou depoimento o atual diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, em substituição a João Resende. Em seu depoimento, Themis confirmou que Resende continua integrando a diretoria do grupo, apesar de anteriormente ter sido informado que ele não fazia mais parte da gestão.
Themis também declarou que o consórcio não possui nenhum plano para a substituição dos 197 ônibus que circulam atualmente em situação irregular, operando acima do limite prudencial. Outros 98 veículos estão sob prazo de 30 dias para serem substituídos, conforme determinação da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados).
Segundo o diretor, a notificação da Agereg foi uma “jogada para a plateia”, já que o consórcio não teria condições financeiras ou logísticas de adquirir novos veículos no momento.
Apesar das alegações, Dr. Lívio afirmou que a comissão continuará com os trabalhos. “Vamos apontar as deficiências que estão patentes e que foram assumidas. Não podemos emitir nenhum julgamento antes do relatório final, mas precisamos saber o número exato [de veículos irregulares] para abrir canais de diálogo com o Poder Público. O usuário de Campo Grande não vai ficar, a médio prazo, andando em ônibus sucateado, fora do que prevê a legislação”, declarou.
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