Saiba como o tratamento para lipedema pode melhorar sua qualidade de vida

Em um mundo que insiste em medir a beleza feminina pela balança, milhares de mulheres convivem com dores, inchaços e hematomas nas pernas, acreditando que a culpa é apenas dos quilos a mais. Mas, e se a causa não estivesse no espelho, mas em uma doença ainda pouco conhecida? O lipedema, condição inflamatória que atinge quase exclusivamente mulheres, começa a ganhar o espaço que merece: o da conscientização.

O termo “lipedema” se tornou familiar a quem navega pelas redes sociais. Influenciadoras e artistas passaram a relatar suas histórias, mostrando que não se trata apenas de estética. É dor, é desconforto, é autoestima. E, principalmente, é saúde.

Para o cirurgião plástico Dr. Felipe Brito, à frente da FB Clinique, em Campo Grande, a doença é um divisor de águas na vida de muitas mulheres.

O lipedema sempre foi confundido com obesidade ou preguiça. É comum ouvir que a paciente não se exercita o bastante ou que precisa fechar a boca. Mas, na verdade, essa mulher pode ser ativa, ter uma alimentação equilibrada e, mesmo assim, continuar sofrendo com pernas doloridas e desproporcionais”, explica o médico.

O lipedema é uma doença crônica, inflamatória, ligada ao tecido conjuntivo e profundamente influenciada pelos hormônios femininos. Ele costuma dar sinais em três momentos: puberdade, início do uso de anticoncepcional e, principalmente, após a gestação, fases marcadas por intensas mudanças hormonais.

O resultado? Gordura que se acumula de forma desproporcional em pernas, quadris e braços, poupando o tronco e gerando um corpo visualmente “desbalanceado”, com coxas grossas e cintura fina.

Mas a dor vai muito além do visual: é física e emocional. Mulheres com lipedema relatam sensibilidade extrema, qualquer batida ou pressão causa roxos, sensação de peso constante nas pernas e cansaço desproporcional. Não raro, convivem com comentários que minam a autoconfiança: “Você tem as pernas grossas porque quer”. A verdade, no entanto, é que a ciência já reconhece o lipedema como doença no CID-10, o catálogo oficial de enfermidades.

Um novo caminho para vencer o lipedema

Na FB Clinique, o Dr. Felipe Brito estruturou a primeira equipe multidisciplinar de Mato Grosso do Sul voltada exclusivamente para o tratamento do lipedema, iniciativa que recebeu o nome de Lipedema Concept.

“Eu sentia falta de um atendimento completo. Antes, quando a paciente chegava até mim, não tinha para onde encaminhá-la na cidade. Hoje, conseguimos oferecer em um só lugar nutricionista, fisioterapeuta, cirurgião vascular, especialista em emagrecimento e, claro, o acompanhamento cirúrgico quando necessário”, relata.

O tratamento do lipedema é complexo, mas não impossível. Começa, quase sempre, pelo que os médicos chamam de “conservador”: controle da alimentação, fisioterapia para melhorar a drenagem linfática e orientação para exercícios de baixo impacto. A reeducação alimentar visa reduzir alimentos inflamatórios, que pioram o quadro. Já a fisioterapia ajuda a reduzir o inchaço e a dor.

A cirurgia, muitas vezes confundida com lipoaspiração estética, entra apenas quando o tratamento conservador não traz o resultado desejado ou quando as deformidades comprometem a mobilidade e qualidade de vida. “A cirurgia não é mágica nem primeira opção. Se feita sem o preparo adequado, o risco de complicações é alto, e os resultados, frustrantes. Por isso, insistimos no trabalho em equipe”, pontua o cirurgião.

O lipedema ainda é uma doença pouco diagnosticada, mas que afeta milhões de mulheres, incluindo aquelas de peso normal. Muitas vivem anos sem entender por que suas pernas continuam desproporcionais, mesmo com dietas, exercícios e força de vontade.

A boa notícia é que há tratamento, e o primeiro passo é o diagnóstico correto. A partir daí, o caminho para o alívio da dor e a melhora da autoestima pode ser traçado com cuidado e responsabilidade.

A escolha que resta, agora, é buscar informação, apoio e profissionais capacitados para retomar o controle sobre o próprio corpo e a própria história.

Você pode agendar uma consulta com o Dr. Felipe clicando aqui.

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