Pálpebra caída pode afetar a visão: entenda quando a cirurgia é necessária
Mais cedo ou mais tarde, a pálpebra cai. Mas, se incomodar, tem como resolver
No podcast Saúde e Bem-Estar de hoje, quem nos acompanha é convidado a abrir os olhos, não só no sentido figurado. Porque sim, uma hora ou outra, o olhar pesa. O espelho devolve um cansaço que às vezes não é só da alma. E alguém, ali do lado, sempre pergunta: “Você dormiu bem?”. Dormiu. O que caiu foi a pálpebra.
E não tem escapatória: um dia ela cai. Isso quem diz é o Dr. Felipe Brito, cirurgião plástico, ao lado da oftalmologista Dra. Flávia Brito, casal na vida e na sala de cirurgia, que nos ajudam a entender um procedimento que muita gente tem na ponta da língua... ou quase: blefaroplastia.
A blefaroplastia, explicam, é a cirurgia que remove o excesso de pele das pálpebras. Um procedimento que, apesar de soar puramente estético, vai muito além da vaidade. “A gente vê muitos casos em que a pessoa chega dizendo que não aguenta mais o cansaço no olhar, que a visão pesa ao fim do dia... e muitas vezes, é isso mesmo: o peso da pálpebra está limitando o campo visual”, conta Dra. Flávia.
Mas calma, não é receita de bolo. Por isso, o casal de médicos desenvolveu uma técnica a quatro mãos, e aqui, a expressão não é força de linguagem. De um lado, o olhar estético do cirurgião plástico. Do outro, o cuidado funcional do oftalmologista. “Tem gente que faz só com um dos profissionais e acaba tirando pele demais, deixando o olho aberto demais, ou até virando a pálpebra”, alerta Dr. Felipe.
A conversa, regada de ciência e empatia, vai desenrolando casos curiosos. Teve a paciente da catarata que não melhorava da visão mesmo com cirurgia bem-sucedida. Foram exames e mais exames. Até que se percebeu: o problema era outro. A pálpebra. Fez a blefaroplastia e, cinco dias depois, ainda inchada, voltou saltitante dizendo que a vida havia mudado.
“É que a pessoa faz tanta força pra compensar a queda da pálpebra que não percebe o esforço. Chega o fim do dia e ela está exausta. O rosto até ganha rugas de tanto tentar manter os olhos abertos”, explica Dra. Flávia.
E tem mais: esse esforço pode até induzir grau de óculos, como astigmatismo. “Já tive paciente que depois da cirurgia voltou dizendo que o óculos não servia mais. A visão tinha melhorado”, lembra a médica.
Mas nem tudo é pra todo mundo, e nem sempre é hora. A blefaroplastia não tem idade mínima nem máxima. É questão de indicação, de incômodo, de genética. “Tem gente de 30 anos com bolsas de gordura por predisposição familiar. E tem homem que só procura depois que a esposa comenta: ‘Olha o seu olho...’”, brinca Dr. Felipe.
E sim, homens também fazem. “Talvez não liguem tanto para maquiagem, mas sentem o peso ao dirigir, a fadiga no final do dia, a dor de cabeça de tanto forçar a testa. Só não falam tanto”, completa o médico.
No papo leve e técnico ao mesmo tempo, ainda desmistificam o que muita mãe já disse por aí: puxar demais a pálpebra ou depilar com cera deixa flácido? “Mito!”, garantem os dois, quase em coro. “A principal causa é genética.”
E para provar que a conversa também é prática e pessoal, Dra. Flávia fala de si mesma. “Tenho 38 anos. Mas minha família inteira tem tendência à flacidez na pálpebra. Me olhei, vi que me incomodava... e fui lá, fiz.”
No fundo, esse é o grande recado: você tem que se ver bem. Às vezes, é só cansaço. Às vezes, é pele mesmo. E tá tudo bem resolver. Mas sempre com cuidado, com dois olhares: o da estética, sim. Mas principalmente, o da saúde.
Hoje, o podcast foi sobre isso: sobre o que cai com o tempo, e o que a gente pode fazer quando decide levantar.
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