Tecnologia de ponta em urologia chega a MS e elimina necessidade de viagens
Urologista, que é especialista em cirurgia robótica, ainda faz alerta sobre a importância da prevenção
Quando o assunto é saúde masculina, o papo precisa ser direto, e foi exatamente assim no episódio do podcast Saúde e Bem-Estar com o urologista Dr. José Ricardo Cruz Silvino.
Cirurgião, PHD em Urologia e referência nacional em cirurgia robótica, o Dr. José Ricardo esteve no estúdio para uma conversa franca sobre tecnologia, prevenção e, claro, os tabus que ainda cercam os homens e suas idas (ou melhor, fugas) ao consultório.
Logo de cara, ele desmistificou o que muita gente ainda se pergunta: “Afinal, é o robô que opera ou o médico?” Com bom humor, Dr. José explicou que o robô não toma decisões por conta própria.
Ele também detalhou o funcionamento da plataforma Da Vinci, a mais moderna disponível hoje no Brasil que, aliás, está operando há seis meses em Campo Grande, no Hospital da Cassems. “O que antes levava muitos pacientes a irem até São Paulo ou Brasília, agora está aqui. É um salto importante para a saúde do estado”, afirma
Como explicou o urologista, o procedimento é totalmente controlado pelo cirurgião, que fica em um console especial, movimentando mãos e pés para comandar braços robóticos de alta precisão. Esses braços reproduzem, de maneira muito mais estável e delicada, os movimentos do médico, corrigindo pequenas imperfeições humanas e garantindo uma atuação quase milimétrica nas áreas mais sensíveis do corpo.
Na prática, isso significa incisões bem menores, entre 2 a 4 centímetros, menos trauma cirúrgico, menos dor no pós-operatório e uma recuperação muito mais rápida. No caso da cirurgia de próstata, por exemplo, o paciente pode receber alta em 24 a 36 horas e voltar à rotina muito antes do que nas cirurgias tradicionais. Além disso, a precisão do robô ajuda a preservar estruturas importantes, reduzindo riscos de complicações como incontinência urinária ou disfunção sexual. Tudo isso, como o médico fez questão de reforçar, depende da experiência e habilidade do cirurgião, a tecnologia é de ponta, mas quem comanda é o especialista.
Mas a tecnologia, por mais impressionante que seja, não foi o único ponto alto da conversa. O episódio também tocou onde mais precisa: no medo que muitos homens ainda têm do urologista. “O problema não é o exame de toque. O problema é você precisar fazer esse exame quando já não há muito o que fazer”, alerta.
E ele fala com propriedade. Com mais de uma década de carreira, o médico já viu de tudo: desde pacientes que chegam assustados, até aqueles que, por negligência ou machismo, descobrem tarde demais um câncer que poderia ter sido tratado com tranquilidade. “Outro dia mesmo atendi um paciente de 52 anos com câncer de próstata. Sabe qual era a única preocupação dele? ‘Doutor, será que eu vou ver meu filho se formar?’”, relembra.
Com a autoridade de quem estudou nos maiores centros de cirurgia robótica do mundo e a leveza de quem entende o valor de uma boa conversa, o doutor deixou claro que informação ainda é o melhor remédio. E que exames preventivos, mesmo os mais temidos, podem ser a diferença entre viver bem ou sofrer em silêncio.
Se tem uma frase para guardar desse episódio, talvez seja essa: “Você escolhe: faz o exame agora e cuida da sua saúde ou faz quando já for tarde demais, e aí o exame será o menor dos seus problemas.”
A gente termina esse papo reforçando o convite: compartilhe esse episódio com seu pai, irmão, marido, amigo. Saúde masculina não é pauta de um mês só, é conversa para o ano inteiro. E quanto mais cedo começar, melhor.
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