Suzano e Eldorado firmam acordo para compartilhar madeira
Acordo prevê que cada empresa tenha acesso a uma quantidade de madeira localizada nas áreas da outra
Concorrentes diretas no setor de celulose, as empresas Suzano e Eldorado assinaram um contrato para compartilhamento de “madeira em pé” em Mato Grosso do Sul. O termo é usado para se referir a árvores ainda não cortadas, mantidas nas florestas até o momento da extração.
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A Suzano e a Eldorado, empresas concorrentes no setor de celulose, firmaram acordo para compartilhamento de madeira em pé em Mato Grosso do Sul. O contrato permite que ambas tenham acesso às áreas florestais uma da outra, sem transferência de propriedade, exclusivamente para produção de celulose. A operação envolve ativos florestais na região conhecida como "rota da celulose", onde a Suzano opera em Ribas do Rio Pardo e a Eldorado em Três Lagoas. O acordo ocorre após a J&F adquirir o controle total da Eldorado, em transação de US$ 2,64 bilhões com a Paper Excellence.
De acordo com o colunista Renata Setti, do jornal O Globo, esse acordo prevê que cada empresa tenha acesso, conforme cronograma definido, a uma quantidade de madeira localizada nas áreas da outra, sem que haja transferência de propriedade ou arrendamento. O uso será exclusivo para a produção de celulose, sem possibilidade de venda dos excedentes.
A operação, chamada no setor de “swap” de madeira em pé, envolve ativos florestais situados no território sul-mato-grossense. A Suzano mantém fábrica em Ribas do Rio Pardo, a 97 km de Campo Grande, enquanto a Eldorado atua em Três Lagoas, distante 326 km da Capital. As duas plantas industriais fazem parte da chamada “rota da celulose”, cortada pela BR-262.
O entendimento entre as duas gigantes do setor acontece em meio a uma reconfiguração de mercado. Recentemente, a holding J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, concluiu a compra da fatia de 49,41% da Eldorado que pertencia à Paper Excellence. A transação, estimada em US$ 2,64 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), garantiu à J&F o controle total da empresa, encerrando uma disputa societária que durava oito anos.
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