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Saúde e Bem-Estar

Vigilância Sanitária diz que não há ligação entre paracetamol e autismo

Agência afirma que medicamento é seguro e desmente rumores que circularam após discurso nos EUA

Por Gustavo Bonotto | 24/09/2025 17:27
Vigilância Sanitária diz que não há ligação entre paracetamol e autismo
Capsulas de medicamentos analgésicos. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta quarta-feira (24), em Brasília, que não existem registros que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez a casos de autismo. A agência classificou o medicamento como seguro e reforçou que sua liberação no país segue critérios técnicos e científicos rigorosos. A manifestação ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que o remédio poderia causar o transtorno.

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A Anvisa negou relação entre o uso de paracetamol na gravidez e autismo, classificando o medicamento como seguro e seguindo critérios rigorosos de liberação. A declaração foi emitida após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que o remédio poderia causar o transtorno. A agência reforçou que o paracetamol é de baixo risco e não exige receita, mas passa por constante monitoramento de segurança. A fala de Trump gerou preocupação e angústia entre gestantes e mães de crianças autistas, levando a relatos nas redes sociais. A OMS e a Agência de Medicamentos da União Europeia também negaram a relação entre o medicamento e o autismo. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a afirmação de Trump como mentira e alertou para os riscos da desinformação na saúde de grávidas e bebês.

Segundo a Anvisa, o paracetamol é considerado de baixo risco e integra a lista de produtos que não exigem receita médica. O órgão destacou que, mesmo assim, todos os medicamentos passam por monitoramento para garantir eficácia, qualidade e segurança. A nota foi divulgada para conter a propagação de informações falsas que geraram preocupação entre gestantes e mães de crianças com autismo no Brasil.

A repercussão do discurso de Trump foi imediata e levou mães de crianças com diagnóstico de autismo a relatarem nas redes sociais sentimentos de angústia e culpa. A estudante de Farmácia Rayanne Rodrigues, mãe de um menino com autismo nível dois, afirmou que a desinformação amplia a insegurança das famílias. Para ela, o risco maior está na ideia de responsabilizar mulheres pela condição dos filhos, quando vários fatores podem influenciar o transtorno.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) também negou a existência de evidências científicas que comprovem a suposta relação entre paracetamol e autismo. A Agência de Medicamentos da União Europeia manteve as recomendações atuais de uso e afirmou que não há pesquisas que justifiquem mudanças. Nos Estados Unidos, porém, a FDA iniciou processo para incluir alerta na bula e comunicou médicos sobre os questionamentos levantados.

Nos últimos dias, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a segurança do paracetamol em publicações nas redes sociais. Ele destacou que não existe estudo que comprove a ligação entre o medicamento e o autismo e classificou como mentira a fala de Trump. Padilha alertou que esse tipo de desinformação coloca em risco a saúde de grávidas e bebês, ao incentivar a recusa de tratamentos simples contra dor e febre.

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