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Cidades

Até o dia 10, MS liderava superlotação de UTIs no país

Taxas de ocupação dos leitos de UTIs foi divulgada em boletim da Fiocruz, nesta quarta-feira

Adriano Fernandes | 14/04/2021 19:20
Paciente em tratamento em leitos de UTI. (Foto: Saul Shcram)
Paciente em tratamento em leitos de UTI. (Foto: Saul Shcram)

Com 100% de lotação, Mato Grosso do Sul aparece como o Estado com a maior taxa de ocupação em leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) do país, em boletim extraordinário divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), nesta quarta-feira (14). O relatório é referente à “semana epidemiológica 14”, que compreende o intervalo de 4 a 10 de abril. Hoje (14) este índice chegou a 103%, conforme boletim divulgado pela Ses (Secretaria Estadual de Saúde).

Mato Grosso do Sul aparece a frente de outros 15 Estados e o Distrito Federal entre as regiões com taxas de ocupação superiores a 90%. São elas o Ceará (97%), Rio Grande do Norte (98%), Pernambuco (97%), Sergipe (94%), Minas Gerais (91%), Espírito Santo (95%), Rio de Janeiro (90%), Paraná (95%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso (98%), Goiás (96%), Rondônia (96%), Acre (92%), Tocantins (90%), Piauí (94%) e p Distrito Federal (98%).

Seis estados apresentaram taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Pará (82%), Amapá (84%), Alagoas (88%), Bahia (84%), São Paulo (86%) e Rio Grande do Sul (88%). Por fim, três estados mostram-se com taxas inferiores a 80%, mas superiores a 70% – Amazonas (73%), Maranhão (78%) e Paraíba (70%) – e um estado (Roraima), com taxa de somente 44%.

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Campo Grande também apareceu como a Capital com a maior taxa de ocupação em leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) do país, na semana epidemiológica relatada. Com 106% de lotação, a Capital ocupou a liderança do ranking a frente de outras 18 capitais que também estavam com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 90%: Porto Velho (100%), Rio Branco (93%), Belém (92%), Palmas (93%), São Luís (90%), Teresina (100%), Fortaleza (97%), Natal (97%), Maceió (90%), Aracajú (97%), Vitória (96%), Rio de Janeiro (94%), Curitiba (97%), Florianópolis (92%), Porto Alegre (94%), Cuiabá (98%), Goiânia (93%) e Brasília (98%). Nesta quarta-feira, no entanto, a Campo Grande recaiu para 100% de lotação.

No período avaliado pela instituição, continuou alta a tendência de transmissão de covid-19 em todo o país, o que é demonstrado pelos valores recordes no número de óbitos, a estabilização na incidência de novos casos, além da permanência de índices altos de positividade dos testes. No boletim, os especialistas da fundação pontuam que as medidas de restrição de mobilidade e de algumas atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e governos estaduais, estão produzindo “êxitos localizados” e podem resultar na redução dos casos graves da doença nas próximas semanas.

“No entanto, essas medidas ainda não tiveram impacto sobre o número de óbitos e no alívio das demandas hospitalares. A flexibilização de medidas restritivas pode fazer retomar ritmos acelerados de transmissão e, portanto, de casos graves de Covid-19 nas próximas semanas”, diz trecho da publicação.

O documento também ressalto o avanço da imunização pelo país. Em todo o território nacional, 30,2% das pessoas vacinadas completaram o esquema vacinal com duas doses e 69,8% só receberam a primeira dose do imunizante.

Nove estados apresentam diferença igual ou menor à média nacional de vacinados com esquema completo e vacinados somente com uma dose. Roraima, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentam as menores diferenças até 13 de abril. Essa diferença, ainda conforme o boletim  está diretamente relacionada com o volume de faltosos para a segunda dose, mas também pode refletir estratégias diferenciadas de aceleração da imunização da primeira dose, ou ainda conter diferenças relativas à celeridade do registro.

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