Chefe de gabinete de deputado é investigado por esquema de corrupção
Marco Aurélio Horta foi preso na 4ª fase da ofensiva do Gaeco contra grupo ligado ao jogo do bicho

O chefe de gabinete do deputado Neno Razuk (PL), Marco Aurélio Horta, de 44 anos, é investigado por corrupção passiva e ativa, além de fazer parte de organização criminosa. Os dados constam no termo de captura, lavrado pela PM (Polícia Militar), que deu apoio ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) durante o cumprimento de mandados para a 4ª fase da Operação Successione.
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O chefe de gabinete do deputado Neno Razuk (PL), Marco Aurélio Horta, de 44 anos, foi preso preventivamente durante a 4ª fase da Operação Successione. Ele é investigado por corrupção passiva e ativa, além de participação em organização criminosa. A operação, conduzida pelo Gaeco, também resultou na prisão de Roberto Razuk, pai do deputado, e seus outros dois filhos, Jorge e Rafael. A investigação revelou uma organização criminosa armada envolvida em jogos ilegais e disputas pelo controle do jogo do bicho em Campo Grande.
Marco Aurélio, também conhecido como “Marquinho”, está preso preventivamente (por tempo indeterminado). Ele foi pego nesta manhã em casa no Bairro Chácara Cachoeira, endereço que também foi vasculhado por força de mandado de busca e apreensão. O servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul estava afastado do trabalho, cumprindo licença médica após ser submetido a uma cirurgia.
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Conforme descrito pelos policiais que registraram o cumprimento dos mandados, o chefe de gabinete parlamentar não resistiu às ordens judiciais e foi levado sem algemas para o Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), no Bairro Tiradentes. No momento da captura, preferiu não comunicar a família e acionou apenas um advogado.
Não há mais detalhes sobre a atuação de Marquinhos no esquema investigado pelo Gaeco. Mas as fases anteriores da Operação Successione já haviam identificado uma organização criminosa armada e violenta, envolvida em jogos ilegais, corrupção e roubos, em meio à disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande após o vácuo deixado pela Operação Omertà.
Em março deste ano, o sobrenome Razuk voltou ao noticiário por causa de mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para suspender a licitação da concessão da loteria estadual, Lotesul. Na época, as custas judiciais foram pagas, por Pix, pelo ex-deputado estadual Roberto Razuk, pai de Neno.
A reportagem tentou contato com o advogado Alipio Marcos de Oliveira, mas a ligação caiu na caixa postal. Recado foi deixado para o defensor de Marco Aurélio e o espaço segue aberto para futuras manifestações.

A operação – Nesta terça-feira (25), o pai do deputado também foi preso na 4ª fase da Successione. Roberto estava em sua casa, na Rua João Cândido Câmara, em Dourados, a 251 km da Capital. Os outros dois filhos do ex-deputado – Jorge e Rafael Razuk – e o advogado Rhiad Abdulahad também estão presos. Desta vez, Neno – parlamentar com mandato e, portanto, foro privilegiado – não é alvo do Gaeco.
O empresário e ex-candidato a vereador Marcelo Tadeu Cabral, o Marcelão Cabral, 55 anos, também está entre os investigados. A reportagem apurou que o mandado de busca e apreensão foi cumprido em endereço ligado a ele em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande, e o de prisão, na Capital.
A operação contou com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar para cumprir 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de alvos nos estados do Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
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