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Cidades

Com estiagem prevista, hidrelétrica na divisa de MS e SP inicia redução de vazão

Porto Primavera reduz a vazão mínima para preservar estoques de água nos reservatórios da bacia do Rio Paraná

Por Jhefferson Gamarra | 19/12/2025 14:58
Com estiagem prevista, hidrelétrica na divisa de MS e SP inicia redução de vazão
Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera) entre SP e MS (Foto: Divulgação)

A CESP (Companhia Energética de São Paulo) iniciou às 8h desta sexta-feira (19) uma nova operação de redução gradativa e controlada da vazão mínima defluente da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera), localizada na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. A medida atende a uma determinação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e tem como objetivo preservar os níveis de armazenamento dos reservatórios da cascata do Rio Paraná diante da previsão de estiagem para os próximos dias.

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A Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, iniciou redução gradativa da vazão mínima defluente. A medida, determinada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, visa preservar os níveis dos reservatórios do Rio Paraná diante da previsão de estiagem.A vazão será reduzida em 100 m³/s por dia, passando de 4.600 m³/s para 3.900 m³/s. Paralelamente, a CESP retomará o plano de conservação da biodiversidade, com monitoramento socioambiental e acompanhamento de indicadores por equipes especializadas.

De acordo com a orientação do ONS, a vazão mínima será reduzida em etapas de 100 m³/s por dia, passando dos atuais 4.600 m³/s para 3.900 m³/s. O novo patamar deverá ser atingido gradualmente nos próximos dias, conforme avança a operação.

Fernando Sestari, gerente do centro de operações da CESP, reforça que as decisões sobre vazão são tomadas pelos órgãos competentes do setor elétrico com base em diversos fatores, como o consumo de energia em todo o país e as condições hidrometeorológicas da bacia do Paraná. Ele destaca que flexibilizações desse tipo são comuns em determinados períodos do ano e têm como finalidade garantir tanto a segurança eletroenergética quanto a manutenção dos níveis dos reservatórios localizados acima de Porto Primavera.

“As operações de vazão, tanto na UHE Porto Primavera como de todas as hidrelétricas do país, são controladas pelos órgãos competentes do setor, que levam em consideração uma série de fatores, entre eles o consumo de energia em todo o país e condições hidrometeorológicas em toda a bacia, não somente na região onde a usina está implantada. Por isso, essas ações de flexibilização são frequentes em algumas épocas do ano e visam garantir a segurança eletroenergética do país e dos níveis dos reservatórios que estão acima de Porto Primavera", reforçou.

A usina já havia passado por uma redução semelhante recentemente. Em 24 de novembro, a CESP diminuiu a vazão mínima de 4.600 m³/s para 3.900 m³/s, mantendo esse nível até 1º de dezembro, quando a operação foi revertida de forma gradativa para o patamar original.

Paralelamente à nova redução, a empresa também retomará o plano de trabalho para conservação da biodiversidade, aprovado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O programa, iniciado em maio, orienta o monitoramento socioambiental na área de influência da usina, abrangendo o trecho do rio Paraná entre a jusante da UHE Porto Primavera e a foz do rio Ivinhema.

Entre as ações previstas, estão atividades de equipes embarcadas formadas por profissionais especializados, incluindo biólogos, que acompanharão indicadores como qualidade da água, comportamento e conservação de peixes durante o período de flexibilização da vazão.