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Cidades

Com materiais do Espírito Santo, HU promete normalizar hemodiálise

Três pacientes da ala pediátrica tiveram sessões racionadas nesta semana

Gabrielle Tavares | 10/03/2022 16:43
Hospital Universitário de Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Hospital Universitário de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Insumos usados para realizar sessões de hemodiálise pediátrica que estavam em falta no HU-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), foram emprestados de outro hospital no Espírito Santo e chegam na sexta-feira (11) em Mato Grosso do Sul.

Também devem chegar novos materiais na semana que vem, comprados através de licitação, e com isso, a unidade afirmou que os atendimentos devem ser normalizados.

Nesta semana, três pacientes tiveram sessões racionadas pela falta de insumos: Yasmin Vitória Miranda, 7, Gustavo Asaph Ramos Jordão, 9, e Allifer Matheus Bezerra, 11.

Nesta quinta-feira (10), Gustavo amanheceu com uma infecção e poderá ser internado. De acordo com a mãe da criança, Ana Carla Basto Ramos, 31, ele ainda não recebeu atendimento e por isso não sabe se a piora no estado de saúde tem relação com a falta de hemodiálise.

“Já entrei em contato com a enfermeira da unidade renal, ela pediu pra levar ele ao hospital. Vou ao hospital da minha cidade e eles me levam até o Hospital Universitário”, explicou Ana Carla Basto, que mora com seus três filhos e o marido em Miranda, município localizado a 208 km da Capital.

Gustavo possui doença renal crônica em estágio final, oriunda de uma uropatia congênita.

De acordo com o HU, a equipe médica fez os racionamentos em razão de uma licitação que fracassou. Um novo certame, que foi aberto nesta semana, proporcionará a chegada dos materiais a partir de segunda-feira (14).

O HU é a única no Estado que realiza este tipo de hemodiálise. Em entrevista ao Campo Grande News na terça-feira (8), a mãe de Gustavo relatou seu desespero.

“O processo para eles é essencial, até eles conseguirem fazer o transplante, o que tem salvado eles é a hemodiálise. Nós somos apenas três mães e para estas instituições grandes é fácil falar que não tem como. Nós somos vencidas pela burocracia, vencidas pelo sistema”, disse Ana Carla.

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