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Cidades

Contra núcleo financeiro do PCC, PF volta às ruas de MS e mais 3 estados

No Estado, mandados são cumpridos em Campo Grande e Corumbá; ação é coordenada pela PF de Belo Horizonte (MG)

Anahi Zurutuza | 09/08/2019 06:43
Arma apreendida em um dos locais onde foram feitas buscas (Foto: PF/Divulgação)
Arma apreendida em um dos locais onde foram feitas buscas (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) voltou às ruas na manhã desta sexta-feira (9) em mais uma operação para atingir o núcleo financeiro do PCC (Primeiro Comando da Capital). A Operação Caixa Forte cumpre 52 mandados de prisão, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

No Estado, a força-tarefa, coordenada pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), tem mandados para cumprir em Campo Grande e Corumbá. Seis dos mandados de prisão são contra presos que tem posição de liderança no esquema e atuam de dentro de unidades prisionais, segundo a PF.

A operação dá continuidade ao trabalho da Operação Cravada, deflagrada na terça-feira (6) e que cumpriu um mandado de prisão contra interno da PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

De acordo com a PF, as investigações que resultaram na ação de hoje começaram em 2018. Na organização da facção criminosa, a polícia identificou a existência de setor chamado de Geral do Progresso, responsável por gerenciar o tráfico de drogas para garantir renda ao PCC e também lavar o dinheiro obtido com o comércio dos entorpecentes.

Várias pessoas eram cooptadas para “emprestar” as contas bancárias para o depósito dos valores. As pequenas quantias eram transferidas para outras contas ou sacadas em terminais de autoatendimento. As 45 contas identificadas foram bloqueadas.

Outro setor, de nome Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países, era responsável por cooptar os donos das contas, receber comprovantes e fazer a contabilidade da lavagem do dinheiro.

Segundo a PF, durante a investigação, a movimentação financeira nestas contas identificadas ultrapassou R$ 7 milhões.

Superintendência da PF em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
Superintendência da PF em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)
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