Corumbá reduz infestação predial do Aedes aegypti, de 4,40% para 0,96%
Abandono da cidade, tomada pelo lixo e mato, contribuiu para a proliferação no início do ano

Uma intensa campanha de conscientização da população nos bairros, onde lixo doméstico e entulho são descartados nos terrenos baldios, e maior controle na eliminação dos focos com visitas periódicas dos agentes de endemias nas residências e logradouros públicos, resultaram na queda significativa do índice de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em Corumbá.
RESUMO
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Corumbá registra queda significativa na infestação predial do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O índice, que chegou a alarmantes 4,40% em janeiro, caiu para 0,96% em agosto, segundo o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). A redução é atribuída a ações intensivas da prefeitura, como mutirões de limpeza, campanhas de conscientização e visitas regulares de agentes de endemias às residências. Apesar da queda expressiva, alguns bairros ainda apresentam índices preocupantes. Nova Corumbá, Popular Velha e Cravo Vermelho registram índices entre 5,56% e 11,36%, demandando atenção contínua das autoridades e colaboração da população. A prefeitura ressalta a importância da manutenção da limpeza e eliminação de potenciais criadouros do mosquito para evitar novos surtos da doença.
Em janeiro, com o abandono dos bairros pela prefeitura, gerando sujeira, água parada e mato, o primeiro LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), foi alarmante na cidade: 4,40%, enquanto o aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%. O terceiro levantamento, realizado entre os dias 6 e 10 de agosto e divulgado nesta sexta-feira, apontou redução do índice para 0,96%.
“O apoio da população nas ações de combate e prevenção tem sido fundamental”, disse o prefeito Gabriel de Oliveira, que é médico. “Reflexo da intensificação das ações, sobretudo nas áreas que antes estavam descobertas e agora já contam com cobertura de visitas de rotina dos agentes”, completou, citando a importância das iniciativas básicas e diárias para evitar a proliferação do mosquito.
Bolsões de infestação - Comparado aos dois primeiros levantamentos do ano, o município registrou queda expressiva. Os mutirões nos bairros com vacinação e toda estrutura da prefeitura, iniciados em janeiro com a campanha “Cidade Limpa, Povo Feliz”, tiveram êxito já no segundo ciclo do levantamento, com o índice médio de infestação predial caindo para 2,60%.
No início do ano, os bairros com maiores indicadores de infestação eram Guatós (14,42%), Nova Corumbá (10,79%) e Jardim dos Estados (8,06%), nos quais a prefeitura concentrou as ações de eliminação dos focos, incluindo uso de carros “fumacê”. Somente no Guatós, foram recolhidas 348 toneladas de materiais que tinham potencial criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
A sequência indica tendência de redução, mas os bolsões de alta infestação ainda exigem atuação intensiva e envolvimento dos moradores, alertou a secretaria municipal de Saúde. O Guatós registrou índice de 0,83% no último levantamento, contudo Nova Corumbá, Popular Velha e Cravo Vermelho apresentam indicadores preocupantes, entre 11,36% e 5,56%.