Em encontro com Lewandowski, Riedel pedirá apoio para custear sistema prisional
Governador antecipou, nesta segunda (9), o que espera de encontro com o ministro da Justiça
Governadores de todo o Brasil se reúnem nesta terça-feira (10), em novo encontro promovido pelo Fórum Nacional de Governadores, em Brasília (DF), para discutir mudanças tributárias, cortes de gastos e segurança pública. Um dos destaques no debate será encabeçado pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), que visa uma posição de equilíbrio, buscando maior autonomia das polícias estaduais e uma participação mais ativa do governo federal.
Em evento de entrega de veículos a policiais militares, na tarde desta segunda (9), o tucano discorreu que Mato Grosso do Sul enfrenta custos elevados com o sistema prisional, sobretudo devido à presença de presos envolvidos no tráfico de drogas, que representam quase 60% da população carcerária do Estado. Ele argumenta que a União deveria assumir maior responsabilidade financeira e estrutural com presos considerados de alta periculosidade.
“O Estado tem um custo muito alto para manter o sistema prisional. Não podemos negligenciar isso em momento algum”, afirmou o governador. Ele também ressaltou que a proposta de maior envolvimento federal vem sendo bem recebida em Brasília, sinalizando a construção de uma parceria sólida entre o governo federal e os estados.
Apesar do otimismo em torno das negociações, Riedel reconheceu que os avanços serão graduais. “Não será nesta reunião que as mudanças serão aprovadas. Como tudo, isso precisa ser negociado, discutido, aprovado pelo Congresso Nacional e só então implementado. É algo para o ano que vem”, concluiu.
Conforme já antecipado pela reportagem, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, elaborada pelo ministro Ricardo Lewandowski, texto propõe um pacto federativo para combater o crime organizado, incluindo a unificação de dados e protocolos de segurança, fortalecimento do Susp (Sistema Único de Segurança Pública) e aumento de autonomia e recursos para as polícias federal e rodoviária federal.
O ministro deve receber, durante a reunião, novos ajustes para o texto antes de sua tramitação nas casas de lei. Interlocutores da Segurança Pública já relataram à imprensa nacional que vão acrescentar ajustes ao texto antes de enviá-la ao Congresso Nacional, o que só deve ocorrer em 2025.
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