Farmácias deverão exigir receita para vender Ozempic e canetas do tipo
Medicamentos são prescritos para pacientes com diabetes tipo 2 e para os que querem perder peso

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu nesta quarta-feira (16) que farmácias de todo o Brasil deverão exigir receita médica para vender as canetas Ozempic, Saxenda e Wegovy aos clientes.
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A Anvisa decidiu que farmácias no Brasil deverão exigir receita médica para vender as canetas Ozempic, Saxenda e Wegovy, usadas para diabetes tipo 2 e emagrecimento. A medida, que visa controlar o "consumo irracional" e proteger a saúde, entrará em vigor 60 dias após publicação técnica. A receita, com validade de 90 dias, deverá ser retida e registrada no SNGPEC. Entidades de saúde apoiam a decisão, alertando para os riscos do uso inadequado desses medicamentos.
Os medicamentos são prescritos aos pacientes com diabetes tipo 2 e também como emagrecedores para pessoas que querem perder peso, independentemente se têm a doença ou não.
A medida entrará em vigor 60 dias após o órgão fazer publicação técnica. Isso deve ocorrer nas próximas semanas.
O que muda - A receita ficará retida nos estabelecimentos. Antes, era necessário apenas mostrá-la ao farmacêutico, segundo a Anvisa.
Para ser aceita, ela deverá ter validade de 90 dias e ser emitida pelo médico em duas vias. As farmácias deverão registrá-la no SNGPEC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados) depois.
"Consumo irracional" - A medida foi tomada durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do "consumo irracional" desses medicamentos e proteger a saúde da população.
Entidades da área da saúde defendem a exigência da receita. As sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes, por exemplo, divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1, nome técnico das canetas emagrecedoras.
Uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e na dosagem inadequada pode resultar em efeitos colaterais e agravar transtornos psicológicos e alimentares, como especialistas e essas entidades vêm alertando.
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